Finanças pessoais - Mensalidades: como, quanto e quando os preços podem ser aumentados?
O primeiro desafio do jovem é conseguir a tão sonhada vaga na universidade.
Depois disso, caso a cadeira ocupada não seja a de uma instituição pública, a
luta é para conseguir o pagamento da mensalidade na data certa. Diante disso, a
situação acaba se repetindo: orçamento apertado e alguns sonhos mais supérfluos
adiados - tudo com a intenção de manter a conta em dia.
Contudo, além desse detalhe, o estudante tem outro com o qual se preocupar: o
reajuste da fatura, que nem sempre acompanha o aumento do seu salário ou de sua
bolsa-auxílio.
Pode ser acima da inflação?
De acordo com o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de
Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), o aumento no preço só pode ser
repassado aos universitários uma vez ao ano - o que faz com que os novos valores
sejam empregados, normalmente, a partir de janeiro.
Contudo, supondo que o aumento de preço seja de 10%, ao passo que, no ano
anterior, a inflação tenha sido de 5%, fica a dúvida: pode haver encarecimento
acima da perda do poder de compra? A resposta é sim.
"As universidades podem manejar livremente o preço das mensalidades, não existe
uma tabela", explicou o presidente do Semesp, Hermes Ferreira Figueiredo. "Mas
quando decide mudar o valor, precisa avisar seus alunos 45 dias antes de
encerrar a matrícula e publicar sua planilha de custos em local visível para
justificar o novo preço", adicionou.
Pagamento dos professores
Segundo Figueiredo, os reajustes ocorrem, normalmente, por conta do aumento no
pagamento de professores. A folha de pagamento do corpo docente, explicou,
representa uma média de 70% dos gastos da universidade. "Baseado nesse reajuste,
é aplicado o repasse aos alunos", adicionou.
Por outro lado, o sindicalista lembrou que existem algumas instituições que nem
chegam a encarecer a mensalidade. "Tudo depende da situação e das contas da
entidade", concluiu.
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