No mercado de trabalho, não são poucos os profissionais que precisam de
alguma orientação. E não faltam pessoas para realizar essa tarefa. Se, antes,
quaisquer problemas identificados eram direcionados ao departamento de Recursos
Humanos, hoje, para cada problema existe um especialista.
Tantas especificidades geram dúvidas sobre quem chamar quando é preciso
resolver determinado problema. Coaching, mentoring e counseling são exemplos de
orientação para o desenvolvimento dos profissionais. Mas como saber quando é
preciso chamar um ou outro?
Primeiro, é preciso saber a diferença entre eles. “O coaching desenvolve
habilidades comportamentais dos profissionais, o mentoring desenvolve
habilidades técnicas, já o counseling é mais para um aconselhamento de
carreira”, resume a diretora de desenvolvimento da Right Management, Márcia
Palmeira.
Cada problema, uma solução
Para a diretora da Beulá – Desenvolvimento Pessoal, que atua na área de
mentoring e counseling, Yara Rocca, é preciso que os profissionais fiquem
atentos às especificidades de cada “consultor” para que seus objetivos sejam, de
fato, atingidos.
Ela explica que o coaching atua como um técnico que ajuda o profissional a
atingir um objetivo. “Para atingir essas metas, é preciso observar as
habilidades profissionais”, ressalta.
Já o counseling atua em atendimentos mais específico. “Nesse caso, é para
ajustes rápidos, atendimentos pontuais e objetivos, por isso, é bom que esse
conselheiro tenha experiência em uma determinada área”, afirma.
O mentor, por sua vez, lida com as complexidades dos profissionais para
auxiliá-los na alavancagem da carreira. “O mentor olha o lado pessoal do
profissional e avalia se ele está mesmo ocupando o cargo certo. Ele faz a pessoa
refletir”, avalia Yara.
Atenção aos seus problemas
Para saber qual especialista chamar, as empresas, departamentos de RH e
profissionais devem ficar atentos. Um coach, de maneira geral, auxilia qualquer
tipo de profissional a atingir suas metas, quando elas já estão bem
especificadas.
Ele ajuda a organizar os planos. “Nesse caso, é preciso que o coaching seja
um profissional externo da empresa, porque um interno tem aquela visão da rotina
da empresa, o que pode comprometer a análise”, afirma Márcia.
O mentor, por outro lado, é utilizado por profissionais que ainda estão
perdidos sobre o que querem. “O mentor vai dizer o que ele tem de fazer e como”,
afirma Márcia. E, para isso, o especialista utiliza as experiências dele mesmo e
do profissional para trilhar um caminho que, no fim, pode ser acolhido ou não
pelo profissional.
Já o counseling é procurado por profissionais de liderança que precisam
resolver problemas muito específicos. E para aqueles que estão em transição de
carreira.
Para Márcia, ainda que cada especialista tenha a sua especificidade, ela
alerta que no mercado os três papéis acabam se confundindo, pois os três
envolvem desenvolvimento, seja de comportamentos, habilidades ou técnicas.
“Todos passam por essas questões”, afirma.