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Consumidor - Estudo comprova: brasileiro paga duas vezes para ter acesso a serviços essenciais 

Data: 30/05/2007

 
 

O que os brasileiros já sentiam no bolso foi provado em estudo divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa em Economia Aplicada (Ipea): os brasileiros pagam duas vezes para terem acesso a serviços essenciais. Isso deixa o Brasil, conforme a entidade, em uma "universalização restrita".

A primeira contribuição é feita por meio de impostos, lembrando que a carga tributária brasileira corresponde a aproximadamente 35% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas do Instituto em Planejamento Tributário (IBPT). A segunda vem com a terceirização do serviço: já que não consegue atendimento adequado com a rede pública, o contribuinte precisa pagar empresas particulares para ter algumas garantias essenciais.

Saúde
Segundo Guilherme Delgado, pesquisador do Ipea, a situação do Sistema Único de Saúde ilustra o problema. Apesar de ter caráter de abrangência universal, o SUS é carente no que diz respeito a investimentos em redes de hospitais e postos de saúde, por exemplo.

"Ou seja, você tem um sistema nominalmente universal, mas a falta de investimento em equipamento e recursos capazes de atender a demanda torna a universalização restrita", explicou à Agência Brasil.

Assumindo custos
Dessa forma, quem pode arcar com a mensalidade de um plano de saúde acaba sendo obrigado a fazer essa opção. "A privatização da oferta de serviços públicos é uma forma de transferir parte significativa do financiamento de bens e serviços sociais diretamente às próprias famílias", adicionou.

Por fim, os consumidores são obrigados a assumir custos crescentes, com redução da renda disponível, em razão da ausência ou precariedade da provisão pública, em especial nas áreas de saúde, previdência e educação.



 
Referência: Administradores.com.br
Autor: Infomoney
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