Aposentadoria - Troque seu plano a qualquer momento
Investir no futuro é uma boa opção, desde que atenda seu perfil e seus
objetivos. Por isso, se escolheu errado, mude
Você investiu numa previdência privada e agora tem dúvidas se o plano escolhido
é o ideal para o seu perfil ou está insatisfeito com a escolha que fez e
gostaria de mudar os rumos desse investimento? Não se preocupe. É possível
transferir os recursos aplicados para outras instituições e também migrar rumo a
uma opção mais interessante dentro do próprio banco ou seguradora escolhidos por
você, sem pagar taxas ou multas pela alteração. Otimizar os planos de
previdência privada, de acordo com o objetivo do investidor, é uma tarefa que
deve ser feita com a orientação de quem entende do negócio. Com isso, pode-se
ganhar reduzindo ou eliminando o desembolso com taxas de administração, que
chegam a ultrapassar 4% ao ano, e taxas de carregamento, que podem ir a 5% para
cada contribuição paga.
“A portabilidade da previdência privada é assegurada por lei e pode ser feita a
partir de 60 dias depois da adesão. Quem aplica pode levar os recursos para
outra instituição ou mesmo trocar de plano, permanecendo na mesma empresa”,
avisa o vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi),
Carlos Guerra. “A maior parte das pessoas sabe que tem direito à portabilidade,
mas não possui o conhecimento necessário para fazer isso corretamente”, diz a
orientadora de finanças pessoais, Maria Inês Prazeres. Segundo ela,
procedimentos incorretos podem deixar resíduos, que muitas vezes são esquecidos
pelos investidores na instituição anterior. Além disso, ela explica, é preciso
observar as taxas cobradas e compará-las com as praticadas no mercado tanto nos
seguros contratados com bancos como naqueles fechados com as próprias
seguradoras.
Maria Inês explica que boa parte das pessoas que investem em previdência privada
não fez um estudo prévio de seus objetivos ou analisou seu perfil de
investimentos antes de assinar o plano. Foi o que aconteceu com o propagandista
e vendedor Cláudio de Abreu Cardoso, que há quatro anos contratou um plano de
previdência com vistas à própria aposentadoria e outros dois, com o objetivo de
pagar a faculdade dos dois filhos no futuro. “Eu me preocupava em confirmar se o
que planejei ao optar por esses investimentos seria de fato efetivado quando
chegasse a hora. Quando procurei uma consultoria, descobri que os planos que
tinha escolhido não eram o melhor caminho para atingir o meu objetivo”, lembra.
Diante disso, a saída foi transferir a previdência das crianças para outro
plano, dessa vez em seu próprio nome, aumentando sua contribuição, e melhorar o
prêmio do seguro de vida. “Continuei desembolsando praticamente o mesmo valor
que desembolsava com os planos anteriores e fiz um plano mais agressivo, que
garante um resgate bem maior do que o anterior”, sustenta. Além disso, ele conta
que economizou também com a redução da taxa de administração, que caiu de quase
7% ao ano para 2,5% ao ano.
A médica Beatriz Emília Gomes fez o mesmo. Com ajuda de uma profissional, migrou
de plano e de banco, ficando livre de uma taxa de carregamento de 2,5% a cada
contribuição efetuada e reduzindo a taxa de administração de 2,5% ao ano para
1,5% ao ano. O novo plano, segundo ela, foi feito com uma empresa sólida. “Não
aproveitei nenhuma oferta de ocasião”, garante.
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