Refletindo um pouco sobre as informações que nos circundam no dia-a-dia,
percebi que, seja nos jornais, blogs, canais de televisão ou em muitos livros
(dentre outros meios de comunicação), algumas palavras sempre figuram com
destaque em artigos e observações de jornalistas e comunicadores. Sucesso,
profissionalismo, atitude, mudança, zona de conforto, empresário, futuro,
estratégia e por ai vai. E, dentre as inúmeras citações do meio, com certeza
está a palavra “Empreendedorismo”!
Alguma novidade? Não. Isso é algo que quase todas as pessoas já ouviram falar
e que, com certeza, os mais informados já estão cansados de ouvir. Atualmente,
quando se vê um grande feito ou uma grande idéia inovadora, fala-se que o autor
dessas façanhas foi (é) um grande empreendedor. Em suma, “virou moda” dizer que
qualquer atividade ou função realizada com eficácia e eficiência é dita como
empreendedora.
Mas, em essência, o que significa ser empreendedor? Você
saberia responder a esta questão com facilidade e sem perder o foco da pergunta?
De bate pronto, o que pode dizer a respeito disso? Quando justificamos demais
uma resposta, tendemos a deixar de lado a essência de sua razão de existir.
Então pense, por exemplo, nesta outra questão: empreender para quê?
Vamos fazer mais uma reflexão, aparentemente um pouco estranha, mas com muito
sentido prático. Seguindo o raciocínio anteriormente exposto, é possível afirmar
que, quando se realiza algo, se é empreendedor. Portanto, seguindo essa linha,
empreender é realizar! Porém, é interessante se questionar: quais são as
competências ou características necessárias ao indivíduo para se realizar uma
atividade com sucesso e realmente empreender?
Pois é, fiz esta pergunta para alguns colegas, sem fazer grandes explicações
e deixando pouco claro o ponto que eu queria atingir. A resposta foi a seguinte:
é preciso que exista iniciativa, atitude, pró-atividade, visão global,
perseverança, equilíbrio, criatividade, postura profissional, auto-análise,
comunicação, conhecimento teórico, estabelecimento de metas (e seu cumprimento),
liderança, empenho e etc.
Se ser empreendedor é realizar, e se para realizar é necessário ter as
características citadas acima, é possível afirmar que o empreendedor é uma
composição de todas essas características? O resultado da discussão é bastante
óbvio, mas a reflexão é inicialmente confusa. Por que? Porque empreender
significa observar, valorizar e executar pequenos detalhes.
Pense e tente imaginar uma pessoa que você conhece, que detém todas essas
habilidades - seja exigente em sua avaliação. E aí? Conseguiu imaginar alguém
que possua todos esses predicados? Lembrou de uma pessoa? Duas? A grande
maioria, na verdade, não consegue imaginar nenhuma. E também não se considera
parte do grupo.
Por que? Ah, a “famosa” autoconfiança, uma das principais
características de um grande intra-empreendedor - vamos deixar a explicação de
intra-empreendedor para outra ocasião. Ora, imagine o que seria de nós se
Alexander Graham Bell (o inventor do telefone) não acreditasse na idéia de que
as pessoas poderiam se comunicar, ainda que distantes umas das outras. Ele
encarou o desafio porque acreditava ser capaz de superá-lo. Elementar? Não acho.
E se Thomas Edison (o inventor da lâmpada incandescente) aceitasse a idéia da
época, de que a luz só estava presente e era necessária durante o dia? Ambos
acreditaram em seus sonhos, foram persistentes, tiveram iniciativa, além de
inúmeras outras qualidades, dentre elas a de aprender com seus erros e a de
seguir tentando. Não por sorte, são denominados grandes empreendedores.
E você, o que pensa a respeito disso? Atualmente, você se
considera um empreendedor? Por que? Se não, o que acha de começar a reverter
esse quadro? Alimente esta questão, dando destaque aos fatores fundamentais para
o empreendedor vencer e se destacar. O que é importante? O que não é? Aguardo
seus comentários. Até a próxima.