Endividada, festeira, planejadora, conservadora ou arrojada. Seja qual for
o seu perfil, saiba o que fazer com o seu abono salarial e entre o ano novo
tranqüila, sem dívidas.
Se você é um trabalhador assalariado, já tem o que comemorar. Afinal,
dezembro começa com um alívio no orçamento familiar por conta do 13º salário,
não é mesmo? E como você irá utilizá-lo é o que vai fazer a diferença depois que
as festas passarem e você descobrir que só ficaram as dívidas. Então, cuidado,
porque dinheiro no bolso é coisa séria.
E para te ajudar na decisão sobre o que fazer com esse dinheiro extra, aí vão
algumas dicas do especialista em matemática financeira Marcos Crivelaro. Com
elas, você gasta o seu abano salarial de acordo com o seu perfil e ainda entra o
ano novo sem problemas financeiros.
Endividada: quite suas dívidas, principalmente cartão de crédito e cheque
especial. Pagar apenas o mínimo do cartão e ficar pendurada no cheque especial
é, praticamente, um suicídio financeiro, já que as taxas de juros dessas
modalidades de empréstimos são altíssimas. Porém, se você não resistir aos
apelos promocionais, compre tudo à vista. Nada de se enfiar em mais dívidas.
Festeira: cuidado com essa época do ano, pois as tentações são enormes.
Lembre-se que é muito bom comemorar, presentear e passear, mas evite começar o
ano com dívidas. Compre apenas os presentes e comidas imprescindíveis. Busque
também opções mais econômicas, como frutas da época, bebidas nacionais e viagens
mais curtas.
Planejadora: esse é o perfil das mais precavidas, que sabem que, mesmo tendo
mais dinheiro no bolso, enfrentarão gastos adicionais por conta das festas de
fim de ano e dos impostos relativos a carros e imóveis. Então, se esse é o seu
caso, analise o que é possível e vantajoso pagar à vista (o que não for urgente
deve ter a compra adiada) e barato de ser parcelado, não ultrapassando o máximo
de seis prestações.
Conservadora: perfil de quem resiste às tentações e consegue guardar, e até
mesmo investir, uma parte do 13º salário. Nesse caso, as boas opções são
cadernetas de poupança e fundos de renda fixa. Qual escolher? Se a sua
rentabilidade mensal do fundo de renda fixa for baixa, próxima a 0,7 % ao mês e
possuir taxa de administração superior a 2% ao ano, opte pelo investimento em
caderneta de poupança. É mais seguro e mais simples.
Arrojada: se você tem interesse de obter boa rentabilidade a médio e longo
prazos com o seu abono salarial, uma opção interessante são os planos de
previdência privada multimercado. Essa categoria permite a aplicação de até 49%
do seu patrimônio em ativos de renda variável, como ações. É claro que existe
risco de oscilações, mas, como a previdência trabalha, normalmente, com períodos
acima de 10 anos, as quedas pontuais perdem sua importância ao longo do tempo.