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Ações / Bolsa de Valores - Volatilidade 

Data: 29/10/2008

 
 
De acordo com SILVA NETO & TAGLIAVINI (1994), é impossível avaliar qual será o risco de variação futura dos preços de um bem com absoluta precisão: caso isto fosse possível, não existiriam contratos de liquidação futura. Para tentar prever preços futuros, o mercado recorre a ferramentas estatísticas. Uma delas é o estudo da volatilidade.

Em termos genéricos, a volatilidade é a medida das variações esperadas dos preços futuros, tanto para mais como para menos, com base nas variações verificadas no passado, ou seja, é a medida de qual deverá ser a variação média dos preços de determinado ativo, caso o mercado repita as variações anteriores.

De certa forma, a volatilidade é uma medida da velocidade do mercado: mercados que se movem lentamente são mercados de baixa volatilidade, mercados mais velozes apresentam alta volatilidade.

É essencial esclarecer os tipos de volatilidade:

  • volatilidade futura: descreve a futura distribuição de preços da mercadoria; tem apenas interesse teórico no desenvolvimento de alguns modelos;
  • volatilidade prevista ou projetada: é uma estimativa da volatilidade futura em termos probabilísticos. É obtida através do uso de técnicas de projeção, aplicadas sobre séries históricas;
  • volatilidade histórica: é calculada com base em uma série histórica composta pelos preços passados das ações. É muito utilizada em modelos de precificação de opções e serve como elemento de comparação para a maioria dos operadores de mercado;
  • volatilidade implícita: é aquela imputada em um modelo de precificação de opções, a qual faz com que o prêmio originado pelo seu cálculo seja igual ao que está sendo negociado no mercado.
Alguns críticos do mercado futuro acreditam que a atuação dos especuladores em busca de lucros extraordinários exige que os preços flutuem mais abruptamente do que seria normal. O impacto disso seria um aumento na volatilidade dos preços dos produtos onde houvesse mercados futuros.

Para CLINI (1995), o mercado futuro eficiente tem um importante reflexo sobre o comportamento dos preços: a redução da variabilidade dos preços no mercado a vista. As flutuações nos preços são atenuadas com a introdução dos mercados futuros devida ao acréscimo de informações geradas pelo mesmo. A melhoria na quantidade e qualidade das informações geradas neste caso reduziria muito aqueles movimentos de preços que não fossem ocasionados por alterações nas condições de oferta e demanda.

Para justificar tal defesa, tem-se o seguinte modelo matemático:

Pt = St + et (3.1)

onde:

Pt = Preço da mercadoria no mercado a vista;

St = Componente sistemático dos preços, associado às flutuações econômicas da mercadoria;

et = Componente aleatório dos preços.

Tomando-se as variâncias da equação (3.1), têm-se:

var(Pt ) = var(St ) + var(et ) (3.2)

com: cov(St ,, et ) = 0 (3.3)

Os defensores do mercado futuro argumentam que tais mercados servem como local de coleta e disseminação de informações, o que, portanto, ocasionalmente implica uma diminuição do componente var(et ). O aumento na qualidade e na velocidade de disseminação de informações, gerado pela introdução dos mercados futuros, equalizaria o fluxo das mesmas entre os participantes do mercado a vista. Este raciocínio traz, no entanto, implícita a hipótese de que a introdução dos mercados futuros não afeta o componente var(St ).

O trabalho de CHESNEY & EID (1996) conclui que a volatilidade de um ativo mede a sua variabilidade e, conseqüentemente, seu risco, sendo que, quando a volatilidade é reduzida, reduz-se também o seu risco. Através do cálculo de volatilidade de ações no mercado brasileiro, quando opções foram introduzidas, no período de 1990 a 1993, chega-se a uma redução da volatilidade. O mesmo comportamento foi observado em outros mercados, como o americano e suíço. Este tipo de estudo, mostrando que surge um decréscimo na volatilidade quando opções são emitidas, foram também feitos por LEE & OHK(1992), KLEMKOSKY & MANESS (1980), CONRAD (1989), BRUAND & GIBSON-ASNER (1995) e DAMADORAN & SUBRAHMANYAM (1992). Todos estes estudos demonstram que a volatilidade torna-se mais estocástica quando opções são introduzidas.

Para estes pesquisadores, deve-se desenvolver modelos que descrevam a volatilidade dos ativos, ou melhor, identificam os fatos que geram a volatilidade de ativos financeiros.

A volatilidade dos preços é objeto de uma análise empírica bastante detalhada. Existe na literatura específica um grande número de trabalhos procurando mostrar o que acontece com a variabilidade dos preços após a criação de um determinado mercado de derivativos.



 
Referência: eps.ufsc.br
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Abaixo colocamos mais algumas dicas :