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Carreira / Emprego - Aprenda com quem sabe ensinar 

Data: 08/10/2008

 
 

Conquistar e manter a atenção das pessoas é uma arte almejada por todos os comunicadores, seja em apresentações em público, diante de platéias numerosas, seja em conversas informais, com amigos e familiares. Afinal, de que adianta falar bem e expor excelente conteúdo se os ouvintes não prestam atenção?

Embora existam muitas regras para obter a atenção, considerando a circunstância do ambiente e as características dos ouvintes, o que deve contar mesmo é o seu estilo próprio, com a experiência que você acumula a cada dia. Desde muito cedo meu campo de observação preferido foram os professores.

Há matérias escolares que apaixonam, outras, entretanto que se transformam em verdadeiro martírio para os alunos. Matemática, por exemplo, sempre foi, para a maioria dos estudantes, matéria para paixão ou sacrifício.

Talvez tenha sido a responsável pelos melhores engenheiros e advogados do país. Alguns abraçaram a engenharia por serem muito apegados aos números. Outros se dedicaram à advocacia por detestarem tanto os cálculos.

Modificam essa estatística, entretanto, os que, como eu, tiveram a sorte de ser alunos do professor Ulisses Ribeiro. Sua maneira própria e alegre de tratar os alunos envolvia e cativava a todos. Em suas aulas, a matemática adquiria sentido objetivo, razão de ser. Com ele, era muito fácil entender e gostar da matéria.

Quando, por exemplo, aquele professor magro, gentil e sempre sorridente percebia um aluno desatento, punha para funcionar uma de suas inigualáveis habilidades para trazê-lo de volta à realidade. O mestre andava o tempo todo com o bolso do jaleco cheio de pedacinhos de giz e tinha uma pontaria impressionante.

Sem que o aluno percebesse, independentemente da distância, atirava o pedaço de giz, como se joga uma bolinha de gude, e acertava a testa do distraído. Era um momento sempre aguardado pelos alunos.

Todos se divertiam muito com aquele seu gesto característico, e ninguém se sentia agredido ou magoado. Nunca conheci professor mais querido que Ulisses Ribeiro. Quando faleceu, Araraquara inteira parou para se despedir do mestre.

Hoje, quando vejo pessoas perdendo a paciência e se irritando com ouvintes que conversam ou ficam desatentos, lembro-me com saudade da competente comunicação do antigo professor, que fez história nas salas de aula das escolas araraquarenses.

É possível até que alguns adeptos da "moderna pedagogia" torçam o nariz para o inusitado método aplicado pelo professor Ulisses. A esses dou uma sugestão: pergunte aos ex-alunos do querido mestre o que aprenderam com ele e o que achavam de suas aulas.

Vendo com tristeza como a nossa educação se deteriorou ao longo do tempo, imagino a utilidade que ele teria para ensinar com seu exemplo, mostrando como conquistar e manter com alegria e simplicidade a atenção dos alunos.

Como eu era amigo de seu filho, também Ulisses, hoje respeitado médico anestesista em Araras, de vez em quando ia até sua casa estudar para as provas de matemática.

Como o professor sabia que no fundo eu estava atrás de alguma dica, aparecia com seu sorriso maroto e relacionava todos os exercícios do livro do Oswaldo Sangiorgi (hoje meu querido colega da Academia Paulista de Educação), dizendo que o exame se basearia naquelas questões.

Lógico que se fizéssemos, como na verdade fazíamos, todos os exercícios, o aprendizado estaria garantido. Mais uma aula que procuro sempre seguir, pois falar em público é sempre uma prova, e saber tudo o que precisamos transmitir dá confiança e melhores chances de aprovação.

Ulisses Ribeiro foi um grande professor. Além da matemática, ensinou, com seu jeito de ser, como cativar e manter a atenção dos ouvintes de maneira alegre e gentil e foi um exemplo que influenciou muitas gerações araraquarenses.

Foi tão importante em sua missão de ensinar que até agora me permite usar seu exemplo para continuar orientando em textos como este. Que saudade!



 
Referência: economia.uol.com
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