A empatia ou capacidade de harmonizar pensamentos e
sentimentos nas relações interpessoais é a principal
característica do comportamento denominado “Inteligência Social”,
título do novo livro do psicólogo americano Daniel Goleman (Editora
Campus/Elsevier, 2006), que a define como a capacidade de se relacionar melhor
com as pessoas, a partir da compreensão dos sinais não verbais
emitidos por elas.
A inteligência social é uma das competências mais valorizadas no mundo
profissional, pois possibilita uma maior interação, trabalho em equipe e
colaboração entre pessoas.
O autor do livro “A Inteligência Emocional”, publicado pela
mesma editora, e que já vendeu mais de 300 milhões de exemplares em todo o
mundo, analisa este seu novo trabalho fazendo uma comparação entre inteligência
emocional e inteligência social, em recente matéria da revista VOCÊ S.A. (Edição
101, novembro de 2006).
Daniel Goleman explicou que a inteligência social é a aplicação da
inteligência emocional nas relações interpessoais, ou seja, alguém ser
socialmente inteligente significa possuir alto grau de empatia e de
consciência social.
É preciso compreender os sentimentos dos outros e reagir de forma adequada a
esta compreensão.
Segundo a Programação Neurolinguística (PNL), é através da
linguagem não verbal, ou seja, da comunicação interpessoal
através de gestos, expressões e sorrisos, que ocorre a compreensão real dos
sentimentos das pessoas. Muitas vezes nossos sentimentos não estão de acordo com
as palavras, por isto é necessário traduzir estes sentimentos através da
comunicação não verbal.
Ainda segundo Daniel Goleman, ambientes muito competitivos que glorificam
modelos ambiciosos podem incentivar o desenvolvimento de profissionais incapazes
de sentir empatia. Ele os dividem em três modelos principais:
- Narcisistas – normalmente este profissional é muito
competitivo e propenso a explorar as pessoas para sobressair-se. Pode ser
valioso nas empresas, desde que não cometa excessos. Não tem empatia pois só
pensa em si mesmo.
- Maquiavélicos – este é o tipo de pessoa socialmente
esperta, sagaz e que desenvolve empatia com o objetivo de beneficiar-se. Os
fins justificam os meios para ele, tem grande capacidade de negociação e
diplomacia, mas normalmente é frio e calculista.
- Psicopatas – quando o maquiavélico perde o controle de
si mesmo, tende a tornar-se um psicopata. Incapaz de reconhecer emoções, não
tem empatia, não tem medo, nem sente ansiedade e age friamente mantendo-se
calmo em ocasiões de muito stress. São pessoas que se dão muito bem em
situações ilícitas ou no mundo do crime.
Estes três tipos de deformação psicológica são extremamente
prejudiciais nas organizações e na vida social também. Demonstram baixo grau de
“inteligência social” comprometendo o relacionamento profissional e prejudicando
a organização em que trabalham.
Desenvolver a inteligência social é fundamental para o bom relacionamento
interpessoal nas relações profissionais, na gestão da carreira e para o
marketing pessoal, pois nos possibilita criar um clima harmonioso e motivado
dentro das organizações, contribuindo com uma maior produtividade.