O brasileiro ainda não conhece o ramo de seguros como
deveria. É essa a avaliação do diretor-presidente da Confiança Companhia de
Seguros, Antônio Carlos Pereira Lopes, detalhando que esse ponto abrange o real
valor do mercado de seguros, tanto para a economia do País como nas coberturas
de sinistro.
O impacto social do ramo, adicionou o especialista, também é outro fator
relevante que ainda é ignorado pela população. Segundo ele, os seguros auxiliam
na formação de poupança interna, geração de empregos, retorno à sociedade
(benefícios, indenizações, resgates, etc) e na arrecadação de impostos.
Falha
"A falta de conhecimento sobre estes temas é uma falha nossa. Temos que
esclarecer para a sociedade. Menos de 30% dos brasileiros possuem seguro. No
entanto, 90% acreditam que ele é importante", afirmou em entrevista ao Centro
de Qualificação de Corretor de Seguro.
Para reverter essa situação, defendeu Lopes, na última semana em evento do
setor, será necessária a criação de uma campanha de comunicação elaborada por
todas as entidades do setor, em conjunto, para informar sobre seguro, produtos,
função social, benefícios da apólice, entre outros itens.
Comparação
Lopes aproveitou para lembrar a baixa representatividade do setor no Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para ele, o mercado representa atualmente 3,5%
das riquezas geradas no País.
Em países desenvolvidos, esse porcentual é maior: Inglaterra (12,5%), Suíça
(11,2%), Japão (10,5%), França (10,2%) e Estados Unidos (9,2%). "Não podemos
comemorar isso, mas podemos mudar", opinou.
Ele citou algumas situações nas quais o seguro foi crucial para a proteção dos
consumidores: furacão Katrina, Tsunami, atos terroristas de 11 de setembro,
tornado Catarina e desastre de aviões.