Saúde - Amálgama: veneno na boca
Quando os dentes estragam devido à má alimentação, as cáries são geralmente
obturados com amálgama — uma técnica simples.
Mas o amálgama contém um veneno que intoxica o organismo: o mercúrio.
Os índices são mais altos ainda enquanto mascam chiclete. Um estudo de cadáver
mostrou a relação clara entre o número e o tamanho das obturações de amálgama e
o teor de mercúrio no cérebro e nos rins. O mercúrio se alastra também através
da raiz do dente para todo o organismo. Deposita-se no pâncreas, no fígado e na
tiróide. A eliminação do mercúrio depende de vitamina C, zinco e selênio em
quantidade suficiente.
Uma das causas da liberação de mercúrio nas obturações de amálgama é a diferença
de tensão elétrica entre obturações de amálgama e outros metais, como o ouro.
Também ocorrem tensões entre obturações de amálgama e obturações de materiais
sintéticos. Na presença de uma solução (na boca, a saliva), passa uma corrente
entre diferentes metais. Forma-se um elemento galvânico. O amálgama, menos
nobre, é dissolvido e aparece uma corrente elétrica que pode ser medida.
Os riscos são encobertos
Os riscos, quase sempre, são negados e banalizados pelos dentistas.
Entretanto, resíduos de amálgamas obtidos nos consultórios dentários não são
considerados inofensivos. Quando o amálgama aparece fora da boca, o perigo que a
substância representa é repentinamente reconhecido. A mesma substância torna-se
um elemento altamente tóxico — uma contradição que deveria ser notada por
qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico.
Substâncias compostas de mercúrio combinam facilmente com as proteínas e outras
macromoléculas. São venenos potentes, que destroem enzimas e membranas
celulares. Envenenamento crônico por sais de mercúrio provoca proteinúria
(presença de proteína na urina). O metilmercúrio afeta principalmente o cérebro.
Fetos e recém-nascidos são especialmente vulneráveis. Também o mercúrio
elementar pode acumular-se no cérebro. A permanência prolongada de mercúrio no
cérebro — mesmo em pequena concentração — afeta os centros de controle motor.
Por isso, o cérebro é considerado o órgão crítico para a acumulação de mercúrio.
Conseqüências da intoxicação por mercúrio
Os dentes são parte do nosso organismo. Quando doentes, podem afetar todos os
órgãos. Os incisivos estão relacionados, por exemplo, com rins, bexiga, próstata
e ovários. Os caninos estão relacionados com o fígado e a vesícula biliar. Os
dentes podem provocar diversas formas de reumatismo, lesões no coração, nos
rins, na pele e, às vezes, até um cansaço generalizado.
Quando os dentes são obturados com mercúrio e perdem continuamente este metal,
ocorre uma intoxicação geral e crônica do organismo. Essa difusão do tóxico,
muitas vezes, provoca uma sobrecarga para o sistema imunológico. Outras vezes,
os dentes ficam moles ou a pessoa emagrece ou fica anêmica. Podem aparecer
problemas neurológicos, zumbido nos ouvidos, tremores nas mãos, insônia ou
sensibilidade a ruídos.
Mesmo quantidades mínimas de mercúrio, que chegam ao organismo durante um tempo
prolongado, podem provocar uma série de problemas: dores de cabeça, transtornos
da visão, edemas (no rosto, nos lábios, na mucosa da boca, da língua e da
garganta), eczema crônico, bronquite asmática, cansaço crônico, menor capacidade
de reação, maior necessidade de sono, falta de apetite, cólica intestinal,
apatia, falta de memória, depressão, queda dos cabelos, distúrbios reumáticos e
digestivos.
É preciso ter muito cuidado com obturação de amálgama em gestantes. Pesquisas
mostram que o mercúrio liberado das obturações atravessa a placenta e alcança o
feto, podendo prejudica- lo.
Como os sintomas são comuns, fica difícil apontar uma causa específica. É claro
que existem outros motivos para os distúrbios indicados e uma infinidade de
correlações imprevistas. Por isso, a odontologia ainda não se sentiu motivada a
deixar o amálgama. No primeiro mundo, são os próprios clientes que, lentamente,
estão derrubando o amálgama. Com isso, abriu-se o caminho para materiais menos
prejudiciais à saúde
Despedida do amálgama
Cada um de nós precisa decidir se vai livrar seus dentes do amálgama. Ninguém
deveria aceitar uma nova obturação de amálgama. Uma diminuição do teor de
mercúrio na boca já pode produzir uma diminuição dos efeitos nocivos. A
afirmação: “não existe nada à altura do amálgama” é válida quanto à toxicidade e
facilidade de manipulação, mas não com relação à saúde. Não existe um material
para obturações que reúna todas as qualidades desejáveis.
Mas existem soluções que não envenenam constantemente o corpo. Para as pequenas
cavidades, podemos recorrer ao cimento, matéria-prima antiga e bem conhecida.
Diversos tipos de cimento são compatíveis com a polpa do dente e aderem muito
bem à cavidade. São freqüentemente utilizados embaixo das obturações.
Como substitutos do amálgama, é possível utilizar compósitos (resinas), que
podem produzir alergias, mas são muito mais seguros do que o amálgama. Também
existem obturações de porcelana fundida. O ouro, extremamente caro, apresenta
desvantagens devido à “corrente” na boca, ao gosto metálico e por motivos
estéticos. Ocorre interferência quando ainda há amálgama ou alguma substância
sintética. A principal vantagem do ouro consiste na sua estabilidade: entre os
maxilares, é possível suportar forças de 50 a 70 kg.
O tratamento dentário exige bom senso e equilíbrio na escolha do tratamento.
Seria melhor evitar esses problemas por meio da alimentação e de um estilo de
vida saudável!
Referência:
sitemedico.com
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