Basta uma rápida olhada no seu orçamento, que você logo percebe o número de
prestações que tem que pagar todos os meses. Água, luz, telefone, escola do
filho, crediário da geladeira e do celular, financiamento do carro, do
computador, da casa etc. A cada mês que passa parece que o número de prestações
aumenta.
Mas, e se alguma coisa acontecer com você? E se você perder o emprego, sofrer um
acidente que o impeça de trabalhar, mesmo que temporariamente, ou ainda pior, se
você simplesmente vier a falecer? Por mais que você não queira pensar sobre o
assunto, isso não impede que um dos eventos venha a acontecer.
Ao contrário do impacto emocional, para o qual é difícil se preparar, o mesmo
não se pode dizer do impacto financeiro, para o qual é possível, sim, se
planejar. O seguro de proteção financeira foi desenvolvido para isso, para
garantir sua capacidade de manter suas prestações em dia, mesmo que algum desses
eventos aconteça.
Como funciona o seguro?
Se você perder o emprego de forma involuntária, ou for vítima de acidente ou
doença que leve a invalidez temporária, você terá garantido o pagamento de 3 a 6
prestações. Somente nos casos de falecimento, ou invalidez permanente, é
possível garantir um prazo maior de pagamento: de até 12 prestações.
Existem, contudo, algumas restrições. Como o seguro foi desenvolvido para
garantir a sua proteção em caso de desemprego involuntário, se você aderir a um
Programa de Demissão Incentivada, for demitido por justa causa ou se aposentar
não terá direito à cobertura.
Já nos casos de invalidez (temporária ou permanente) ou de morte, você não terá
direito à cobertura se o afastamento for decorrente de doença pré-existente, ou
no caso das mulheres, no evento de parto ou aborto. Como era de se esperar,
também não são indenizados acidentes causados por uso de drogas ou prática de
atos ilícitos.
Pacotes permitem custo reduzido
Hoje em dia, o seguro de proteção financeira já é oferecido por algumas
empresas de utilidade pública (ex. luz e telefonia), varejistas (eletrônicos,
material de construção e supermercado), instituições financeiras (financeiras,
consórcios e bancos) e até mesmo escolas. Afinal, em todos os casos você efetua
um pagamento mensal.
O custo do seguro varia de acordo com o tipo de proteção contratado. Mas, não é
preciso se preocupar com o peso no orçamento, pois como em geral estas empresas
e instituições contratam a cobertura para vários clientes em pacote, é possível
oferecer um custo bastante reduzido por segurado.
Carência e franquia: qual a diferença?
Na hora de contratar o seguro você deve ficar atento a dois pontos: a carência e
a franquia. A primeira define o período de tempo necessário para que seguro
entre em vigor. Assim, por exemplo, se o seguro tem carência de 24 horas, isso
significa que somente após esse período você terá direito à indenização. Em
outras palavras, se um dos eventos mencionados acima acontecer antes destas 24
horas, você não terá direito à indenização.
Já a franquia define o período, a partir da data de ocorrência do evento,
durante o qual o segurado ainda é responsável pelo pagamento das prestações. Na
prática isso significa que, num seguro com franquia de 15 dias, você é
responsável pelo pagamento de qualquer prestação cujo vencimento ocorrer até 15
dias após o evento. Passado esse período, a responsabilidade pelo pagamento da
prestação fica com a seguradora, de acordo com o previsto no contrato.
Ao permitir que você mantenha o pagamento das suas prestações, mesmo diante de
um evento como os que discutimos, o seguro de proteção financeira é uma
alternativa barata para quem se preocupa em manter o seu nome limpo. Ele é
particularmente útil para quem ainda não conseguiu juntar uma reserva de
emergência que possa garantir o seu equilíbrio financeiro neste tipo de
situação.