"Já calculou o quanto custa sua hora, o seu trabalho?", indaga a consultora
financeira Suyen Miranda. "Muita gente passa pela vida sem pensar em quanto seu
tempo custa e quanto seu trabalho vale. Acabam por viver as medidas determinadas
pelos outros, pelo mercado, pelo externo. O que pagarem, para alguns, está muito
bom", lamenta.
Mas ela alerta que este muito bom não traz satisfação, e sim um sentimento de
"desvalorização, de pouco, pequeno, recurso escasso". A questão central é que o
valor de cada um começa no indivíduo. "O mercado remunera conforme produzimos e
somos, e isso é reflexo de como nos vemos e nos apreciamos".
Valorize-se!
Suyen conta que, todos os dias, escuta os profissionais reclamarem da vida, das
condições econômicas.
"Ao mesmo tempo, leio sobre os progressos que o mercado nacional e o
internacional vêm amealhando a cada dia. Inversamente proporcional aos que
reclamam. Serão estes últimos os certos? Nunca houve tanto dinheiro no mundo, e
nunca tanta gente ficou milionária em pouco tempo. O que se levava décadas
acontece em meses. Isso mostra, de forma irrefutável, que há prosperidade em
todo lugar. Mas você se pergunta: como fico eu nessa história?".
A dica da especialista é: comece avaliando seu valor. Avalie como lida com a
negociação de seu próprio valor, de seu potencial e conhecimento. Como está sua
imagem, seu currículo e sua apresentação, que mostram esse valor? Revise e
atualize.
"Depois, avalie o mundo, observe que tudo tem valor, preço e custo. O mercado
remunera assim. É psicológico, em última análise. Tem muito a ver com a
avaliação que inicia em si, no objeto, e que o mercado assim considera.
Lembre-se que você e sua história custaram, para você e para seus antepassados.
Cuidado para não se vender barato nem para ser inacessível. Saiba seu valor e
prospere, sempre!".