13° salário - Economistas recomendam quitar pendências com décimo terceiro
Quitar as dívidas e evitar outras ainda é o melhor negócio. Esta é a
orientação dada por economistas para os pensionistas que receberam a primeira
parcela do 13º salário. O benefício que começou a ser pago pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) na segunda feira, soma R$ 7,08 bilhões à
economia do país.
O 13º salário beneficiará 22,1 milhões de brasileiros e deve ser planejado com
antecipação para evitar a inadimplência. Embora não exista pesquisa específica
sobre o índice em relação ao benefício, especialistas garantem que a época é
propícia para o endividamento.
– A recomendação é que o consumidor planeje a forma como irá gastar o dinheiro,
para não comprometer o orçamento familiar. A antecipação do 13º salário às vezes
faz com que muitos acabem gastando todo o dinheiro e ainda acumulem dívidas no
fim de ano – alerta André Braz, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para aqueles que possuem dívidas na praça, o momento é oportuno para retirar o
nome da lista de inadimplentes.
– Quem tem dívida deve quitá-la, porque a taxa de juros de empréstimos, cheque
especial e cartões de crédito é muito alta – orienta Gilberto Braga, professor
de Finanças Pessoais do Instituto Brasileiro de Mercado ce Capitais (Ibmec). –
Fazer uma aplicação financeira visando uma rentabilidade para depois quitar a
dívida não é um bom negócio. Nenhuma aplicação terá uma rentabilidade que supere
o taxa de juro cobrada nas dívidas, que pode chegar a até 10 vezes mais do que a
rentabilidade de uma aplicação.
Quanto à possibilidade de investimentos, os economistas apostam na caderneta de
poupança com base na projeção do governo de recuo da inflação.
– A inflação já deu sinais que vai cair. A dica é o aposentado que queira
investir o 13º opte pela poupança, melhor do que algum fundo de aplicação, mesmo
no curto prazo, porque o trabalho para fazer o investimento não irá compensar,
já que a rentabilidade será parecida com a da caderneta – diz Braga.
Impostos fixos
Reservar parte do benefício até o início do próximo ano para o pagamento de
tributos, como o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), é uma boa alternativa para começar o
ano livre de dívidas.
– Esses impostos quando pagos com antecedência têm descontos de até 10%, o que
significa uma boa economia no orçamento familiar. O consumidor deve lembrar que
não tem como fugir desses impostos – destaca André Braz.
Lúcia Siqueira Soares, 59 anos, já sabe o que irá fazer com a primeira parcela
do 13º. – Vou colocar metade na poupança e a outra vou usar para visitar meus
parentes em São Paulo, passear um pouco – conta.
Braz acha importante que parte do dinheiro seja usada no lazer, mas com
moderação. – O aposentado pode reservar parte para o lazer, desde que não
estoure seu orçamento, sempre pensando em gastos inesperados, como os com a
saúde – alerta.
Referência:
jbonline.com.br
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