O homem esqueceu-se que a terra é redonda e construiu um mundo administrativo
e empresarial de quadrados, caixas, retângulos, com linguagem especial para a
estrutura de comando e controle, ordem e previsão, escalada, em cima em baixo,
de cima para baixo. Tudo se baseando na autoridade; a imutável hierarquia que
enquadram as pessoas e funções em quadrados e retângulos, em estruturas rígidas.
A grande maioria das empresas hoje ainda não percebeu, ou não se informou que já
nas décadas de 70 e 80, alguns dirigentes visualizaram mudanças porque aquele
sistema hierárquico não se adaptava mais a realidade da época como para o
futuro, e libertaram as pessoas e as funções dos quadrados e caixas; liberando
assim o espírito humano criativo e transformaram as organizações.
Atualmente já começamos a ver em algumas empresas os dirigentes ou líderes
trabalhando em estruturas administrativas mais fluidas e flexíveis, com uma nova
linguagem, tais como, “As organizações devem centrar seu foco na missão,
basear-se nos valores e orientar-se pelos dados demográficos”. “Aprenda a
conduzir pessoas, não a conte-las”. “A administração é uma ferramenta, não um
fim” ““ Aderir é confiar ““. Vamos tomar por exemplo a General Electric, quando
Jack Welch entrevistado pela Harvard Business Review declarou: “Daqui a dez
anos, queremos que as revistas falem sobre a GE como sendo um lugar onde as
pessoas podem ser criativas, um lugar que faça aflorar o melhor de cada um. Um
lugar aberto e justo onde as pessoas se sintam importantes e onde essa sensação
de realização seja recompensada tanto no bolso como na alma. Esse será o nosso
boletim escolar.”
A GE começou a implantar um sistema administrativo fluído, circular e plano; o
lugar para realizar mudanças está em seus próprios grupos de trabalho e suas
atividades diárias. Com a retomada de uma visão mais circular e fluida do mundo,
o tempo dos “todo poderoso” está chegando ao fim. Agora é tempo de parcerias
eficazes; mas para administrar bem essas parcerias exige-se três requisitos
básicos: a-)gerenciar em prol da missão, b-)gerencial em prol da inovação e
c-)em prol da diversidade.
a-) Gerenciar em prol da missão: Compreender a missão da empresa é a
essência da estratégia eficaz. Uma missão poderosa e influente dará as pessoas
um motivo claro e estimulante para a existência da organização, como Peter
Drucker observa, uma declaração de missão deve caber numa camiseta.
b-) Gerenciar em prol da inovação: A inovação deve se tornar parte natural
da cultura da empresa. P. Drucker define inovação como “a mudança que cria uma
nova dimensão de desempenho” e também diz que devemos descartar programas que
podem funcionar hoje, mas terão pouca relevância no futuro.
c-) Gerenciar em prol da diversidade: A forma de administrar em meio à
diversidade é o maior desafio. A tarefa do gestor é identificar as questões
críticas, depois construir parcerias eficazes com base na missão, na inovação e
na diversidade.
Para serem eficazes os gestores, líderes precisam enxergar além das paredes
da empresa, ter visão de futuro, não fazer as mesmas coisas que seus
concorrentes, mas algo mais para ter um diferencial competitivo, fazendo de sua
empresa uma organização circular, com fluidez inteligente. (Informações
extraídas do livro “A Organização do Futuro”, de Francês Hesselbein- pág. 101 –
Editora Futura)