Franquia / Franchising - Brasil ocupa 3º lugar em ranking de países que atraem franquias internacionais
Abertura para novos conceitos, tamanho do mercado, facilidade de entrada de
redes, barreiras legais e envolvimento governamental. Esses foram os critérios
utilizados pela IFA (Associação Internacional de Franchise) para selecionar os
países mais atraentes para marcas internacionais de franquias que desejam
expandir. Desta vez, o Brasil ficou em terceiro lugar, empatado com Canadá e
Japão, que receberam 1,8 ponto cada.
Em primeiro lugar, ficaram Estados Unidos e Inglaterra, com 1,4 ponto (a escala
vai de 1 a 4 pontos e, quanto mais baixa a pontuação, melhor o resultado). Já em
segundo estão Irlanda, Suécia, África do Sul, Turquia e China, com 1,6 ponto
cada. A lista foi apresentada na 48ª Convenção da IFA, que aconteceu em Orlando,
nos Estados Unidos.
"Há cerca de quatro anos, o Brasil ocupava o 24º lugar e, agora, pode comemorar
o fato de estar entre as dez nações mais atraentes", afirma o fundador da
Consultoria Rizzo Franchise, Marcus Rizzo, que esteve no evento e relatou à
InfoMoney os motivos que levaram o País a avançar em nível mundial.
O caminho percorrido pelo setor
Antes, as franquias internacionais enfrentavam dificuldades para enviar
royalties ao exterior. Há cinco anos, esse empecilho não existe mais, graças a
mudanças implantadas pelo governo. Quanto às barreiras legais, a nota ruim que
costumava ser dada ao Brasil tinha como base a falta de uma legislação
específica para o franchising, que hoje também já existe.
As altas taxas que as redes de franquias tinham de pagar para importar
equipamentos e mobiliário e, em menor escala, produtos constituíam outra
barreira. Isso também melhorou de cinco ano para cá, na avaliação de Rizzo.
"Elas tinham que adaptar equipamentos, mobiliário e produtos, em detrimento do
padrão que as franquias devem seguir", afirma.
Entretanto, a dificuldade de importar produtos e equipamentos imprimiu uma
vantagem ao País, que se tornou um grande fornecedor das franquias. "Nossa
indústria é madura e competitiva o suficiente para exportar. Por exemplo, a
Burguer King e a Mail Boxes, Etc são duas redes estrangeiras que, quando
chegaram, começaram a credenciar fornecedores para as unidades brasileiras.
Porém, estes passaram a fornecer também para as unidades do exterior."
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