Carreira / Emprego - Hora extra virou rotina? Saiba como colocar limite na situação!
Muitos funcionários, impulsionados pelos chefes, fazem hora extra. Mesmo
cansados, se sentem obrigados, para garantir o emprego. Quando acontece algumas
vezes, ficar até mais tarde na empresa é até compreensível, mas se vira rotina,
o funcionário deve colocar limites. De que maneira?
De acordo com a consultora de RH (Recursos Humanos) da Catho Online, Camila
Mariano, o emprego não deve estar em jogo, quando a pessoa não cumpre hora
extra, porque o correto é que seja ela cobrada por resultados e não pelo período
de trabalho. "Eu sugiro sempre que converse com o chefe direto para tentar
reduzir as horas extras. Estabeleça prioridades e prazo de entrega".
Uma atitude que não deve ser tomada é começar a entrar mais tarde, porque está
saindo mais tarde. "A não ser que o fato seja acordado com a empresa. Não
estabeleça regras sozinho".
Empresas
Segundo Camila, se, no passado, fazer hora extra era exemplo de dedicação, hoje,
as empresas já julgam mais os funcionários pela produtividade. Para as
companhias, é interessante que o profissional cumpra suas atividades no tempo
determinado, ou então ele sairá mais caro. "A hora extra tem um custo".
As empresas também estão mais interessadas na qualidade de vida do funcionário,
para que tenha tempo para estudar, fazer cursos e para o lazer. "Afinal, um
profissional descansado é mais lucrativo do que aquele estressado". Além disso,
se não tiver tempo para fazer cursos, pode ficar defasado e diminuir a
empregabilidade.
É importante que a pessoa tenha disposição para a hora extra, quando a empresa
precisar. Se todo dia precisar ficar até mais tarde, demonstra que não tem
organização.
Balança
Ao ser perguntada se o profissional deve colocar o emprego em jogo, por causa
das horas extras, a resposta de Camila foi positiva. "Se trouxer mais malefícios
do que benefícios e não conseguir parar de fazer as horas extras, o melhor é
mudar de emprego mesmo". Dentre os efeitos negativos da prática, está o maior
estresse, por se cobrar para fazer mais do que o necessário.
Para quem sofre do problema, o melhor é começar a se organizar. Camila indicou
ao profissional que foque na eficiência e na produtividade. Saiba determinar o
que é prioridade e aprenda a otimizar o tempo, para não perdê-lo com o que não é
emergencial.
Sobre a relação com os colegas de trabalho, é bem provável que quem faz hora
extra em excesso seja visto como bajulador, extremista ou atrapalhado.
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