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13° salário - Recebimento da 2ª parcela do 13º salário é bom momento para quitar dívidas 

Data: 02/01/2008

 
 

Para a advogada Elizete Scatigna, sócia do escritório Carvalho e Advogados Associados, esta é uma boa época para consumidores inadimplentes renegociarem suas dívidas. "Nesse período, os credores ficam mais flexíveis, porque sabem que o cliente tem dinheiro. Assim, diversas empresas oferecem condições bastante atraentes para que as pessoas regularizem sua situação".

Elizete explica que, com dinheiro na mão, o consumidor tem maior poder de barganha. "Se ele tem o suficiente para quitar toda a dívida, ele pode tentar descontos de 40%, 50% em cima dos juros cobrados. Um bom truque para sensibilizar o credor é se oferecer para pagar a dívida, antes mesmo se ser cobrado. Se o credor percebe que o cliente está mesmo disposto a pagar, ele concorda com acordos que facilitem esse pagamento".

Mesmo para quem não tem dinheiro suficiente para liquidar toda a dívida, o conselho da advogada é procurar o credor. "Se o consumidor consegue renegociar a dívida e pagar a primeira parcela, o nome dele já sai dos bancos de dados que limitam o acesso ao crédito. Assim, o nome dele é reabilitado e ele volta a ter capacidade de comprar. Sem falar nos benefícios psicológicos de conseguir começar um novo ano devendo menos", garante.

Mais de uma dívida
Para que tem mais de uma dívida e não poderá quitar todas, Elizete explica que a melhor solução é avaliar, com calma, quais deverão ser pagas primeiro. "O consumidor precisa analisar em quais dívidas os juros de mora são maiores e optar por pagar essas. Se ele tem condições de pagar integralmente algumas dívidas, deve quitar as que possuem juros mais elevados e parcelar as com menores taxas".

De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) divulgada na última quarta-feira (19), o número de consumidores paulistanos endividados (com cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal ou prestações em geral) atingiu 48% em dezembro. Em relação ao mês anterior, quando o índice chegou a 54%, foi registrado um recuo de seis pontos percentuais.

Já na comparação com o mesmo mês de 2006, houve queda de 13 pontos percentuais no índice de endividamento.

Apesar da queda, o número de devedores no País ainda é grande. "O número de inadimplentes tem caído, mas ainda está em patamares bastante elevados", afirmou recentemente à Infomoney o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Tabata Pitol Peres
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