O esquema é simples. O intermediário explicará que através de um contato
comercial ele pode adquirir (ou já tem) uma quantia relevante de uma moeda ou de
um título de governo estrangeiro, não livremente conversível (típicas são
algumas moedas de países árabes fechados mas ricos em petróleo como a Líbia e o
IRAN ou de outros países africanos). Até algum tempo atrás, o mais na moda era,
obviamente, o IRAQ.
A compra pode ser efetuada com uma elevada margem de desconto (por volta de 50%)
sobre o valor real da moeda ou dos títulos que supostamente ele estará em
condição de trocar por dólares, graças a relações comerciais ou políticas,
dívidas ou operações de trading com aquele país que podem ser pagas usando esta
moeda etc...
O que ele precisa é o montante necessário para a compra com desconto, ou para a
viabilização da operação.
Se o investidor fornecer este dinheiro estará "frito" pois descobrirá que o
dinheiro ou títulos comprados são falsos ou que não tem valor nenhum.
Existem muitas variantes desta fraude. Operações parecidas aparecem
periodicamente usando dólares ou outras moedas famosas (muito usado o Marco
Alemão, que, lembrem-se, não existe mais tendo sido substituído pelo EURO), de
suposta origem ilegal (ou seja supostas operações de lavagem altamente
rentáveis).
O objetivo é sempre o mesmo, pegar dinheiro bom e deixar na mão da vítima papéis
falsos e inúteis.
As chaves da fraude também são sempre as mesmas, ignorância (quem sabe
distinguir com segurança dinheiro ou papéis bons de dinheiro ou papéis falsos
??), ganância e gostinho do "ilegal", do "misterioso" e do "exclusivo".