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Investimentos / Fundos - O que avaliar antes de investir em um fundo de cotas? 

Data: 27/12/2007

 
 
Nem todos os investidores sabem, mas, no Brasil, existem mais fundos de cotas do que fundos de investimentos tradicionais. Segundo a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), ao final de outubro, dos 7.677 fundos geridos no país, 4.083 eram fundos de cotas.

Estes fundos não investem diretamente em ativos, mas sim em cotas de outros fundos. Como explica a gestora de recursos Advisor Asset Management, alguns investidores não têm tempo ou experiência para analisar e encontrar os melhores gestores do mercado.

É aí que entram os fundos de cotas: existe uma pessoa ou equipe dedicada unicamente a esta análise. Outro diferencial dos FIC (Fundos de Investimento em Cotas) é a diversificação de risco. Mesmo que determinado fundo apresente fraco desempenho em determinado período, o resultado será diluído na carteira.

Por fim, os fundos de cotas também são utilizados para a criação de fundos exclusivos. De acordo com a Advisor, para investidores com maior patrimônio, um FIC exclusivo traz benefícios fiscais e operacionais se comparado à alternativa de se aplicar separadamente em outros fundos de investimento tradicionais.

Antes de investir
Contudo, não é porque o fundo de cotas se propõe justamente a procurar os melhores gestores do mercado que o investidor está isento de avaliar o FIC antes de investir. A Advisor traça uma série de fatores quantitativos e qualitativos que podem guiar a escolha por um fundo de cotas.

"Na prática, a escolha de fundos não deixa de ser uma arte, pois no final das contas investir em um fundo é acreditar que o gestor tem talento para conseguir resultados superiores e os métodos quantitativos e qualitativos são capazes de capturar apenas parte desse talento", conclui a gestora.

 
Métodos Quantitativos Métodos Qualitativos

     
  • retorno absoluto: rentabilidade passada do fundo em diversos períodos;

     
  • retorno relativo: rentabilidade passada em relação a diversos indicadores de mercado;

     
  • nível de risco: volatilidade do fundo, uma medida da variação diária no valor das cotas;

     
  • consistência: percentual de meses acima e abaixo do benchmark;

     
  • máxima perda: diária e/ou mensal;

     
  • retorno em relação ao risco: medido pelo Índice de Sharpe, indicador muito utilizado para avaliação de risco e retorno;

     
  • máxima perda acumulada: e quanto tempo para recuperar a perda;

     
  • correlação: medida de quanto o fundo anda em conjunto com um índice de referência como o Ibovespa ou a taxa de câmbio. No caso de hedge funds, quanto menor a correlação, melhor a avaliação;

     
  • comportamento durante crises: desempenho do fundo em episódios passados de crises no mercado ou de alta volatilidade;

     
  • histograma dos retornos: o objetivo é analisar se o fundo obtém seus resultados de maneira consistente ou alguns poucos dias são responsáveis pela maior parte do resultado;

     
  • taxas e benchmark: custos para se investir no fundo;

     
  • tempo de existência e patrimônio líquido: variáveis que podem ser usadas como critérios de corte para fundos considerados novos ou pequenos.

     
  • histórico da empresa: evolução da empresa responsável pela gestão do fundo;

     
  • perfil do gestor do fundo: com foco na pessoa com responsabilidade final pelas decisões do fundo, com o objetivo de avaliar a experiência profissional, formação acadêmica e referências;

     
  • reconhecimento pelo mercado: opinião dos demais gestores sobre o fundo, o gestor e a empresa de gestão;

     
  • discurso X realidade: avaliação se as explicações para os resultados passados correspondem à realidade observada nos mercados financeiros;

     
  • provedores de serviços: avaliação das empresas provedoras de serviços para o fundo (por exemplo administrador, custodiante, auditor);

     
  • relacionamento com investidores: política de relacionamento e divulgação de informações para investidores. Quanto mais transparência, melhor para a análise do desempenho do fundo;

     
  • infra-estrutura da empresa: disponibilidade de equipamentos, sistemas, provedores de informação e outros serviços necessários ao bom funcionamento de uma gestora;

     
  • equipe de análise à disposição do gestor: avaliação da composição e do perfil da equipe de análise de investimentos da empresa;

     
  • risco de crédito: avaliação se o fundo incorre em risco de crédito, ao fazer CDBs de bancos de segunda ou terceira linha, por exemplo; e

     
  • estratégias aplicadas: principais estratégias aplicadas na gestão do fundo. O objetivo é avaliar se os perfis do fundo, do gestor e da empresa são adequados à aplicação das estratégias descritas.


 
Referência: -
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :