A identificação da realidade do ambiente corporativo é fundamental para que
as organizações adotem ações estratégicas que façam a diferença para o negócio
e, consequentemente, o público interno. Dentre os recursos mais conhecidos,
porém nem sempre utilizado de maneira correta, encontra-se a Pesquisa de Clima
Organizacional (PCO). Através desse recurso, por exemplo, é permitido que a
empresa conheça os pontos fortes e aqueles que precisam ser melhorados em sua
gestão. No entanto, vale lembrar que não é suficiente boa vontade para instituir
essa iniciativa. É preciso saber apresentá-la aos colaboradores, caso contrário
essa inovação pode gerar resistências. Isso porque há pessoas que consideram a
PCO como um mecanismo de punição, pois através dela os funcionários podem opinar
sobre o que acontece no ambiente corporativo.
A seguir, destaco algumas ações que podem ajudar os colaboradores a vencerem o
receio diante da aplicação da Pesquisa de Clima Organizacional.
1 - A adoção da Pesquisa de Clima Organizacional é uma
ferramenta que deve ser abraçada não apenas pela área de Recursos Humanos, mas
também pela alta direção da empresa.
2 - A implantação da PCO requer estudos preliminares. Ou
seja, a organização pode tomar como exemplo cases de sucesso e caso não se sinta
preparada para adotar essa ferramenta, pode recorrer à contratação de uma
consultoria externa para auxiliar o processo.
3 - A participação dos gestores é fundamental, para o êxito
da pesquisa de clima. Essa é um dos motivos que levam as empresas a convidarem
as lideranças para serem agentes multiplicadores do processo. Um dos primeiros
passos a serem adotados é realizar reuniões a fim de que os líderes entendam os
objetivos, a aplicação e os benefícios que a PCO trará a empresa e aos
profissionais.
4 - Ao entenderem a pesquisa de clima em sua amplitude, os
gestores estão prontos para disseminar a "novidade" junto às suas equipes. É
importante que eles promovam reuniões com os liderados, pois nesses encontros
pode-se desmistificar que a PCO não é um procedimento de "caça às bruxas", mas
sim um mecanismo que trará melhorias para a organização e os próprios
profissionais.
5 - Durante os encontros com os liderados, os gestores devem
manter um canal aberto. Isso permitirá que os colaboradores tirem dúvidas e
entendam o funcionamento do processo.
6 - Também é aconselhável que a área de RH também promova
encontros presenciais para falar sobre os objetivos da empresa ao adotar a PCO e
os objetivos da ferramenta. Dessa forma, poderá sentir como os funcionários
estão reagindo à novidade.
7 - Além dos gestores, a área de RH deve recorrer aos canais
de comunicação interna (murais, impressos, intranet etc) para divulgar a PCO e
as datas de suas respectivas fases.
8 - Os funcionários devem ser convidados a responderem os
questionários que possuem indicadores que impactam diretamente no dia-a-dia
organizacional como, por exemplo, liderança; espírito de equipe; segurança no
trabalho; feedback; remuneração e benefícios; diversidade, entre outros.
9 - Durante a condução do processo, a área de RH deve
enfatizar que os resultados da pesquisa não ficarão engavetados. Depois que os
dados forem analisados, devem ser divulgados aos colaboradores. Isso, vale
destacar, não deve acontecer como uma enxurrada de informações desconexas. Para
isso, mais uma vez os gestores devem entrar em cena a fim de ajudarem na
divulgação do resultado final do processo e quais ações a organização adotará em
relação aos pontos que precisam ser melhorados na gestão da empresa.
10 - A empresa deve ainda salientar que a pesquisa não será
realizada uma única vez e sim que será um processo periódico. Durante o
intervalo de uma edição e outra da Pesquisa de Clima Organizacional, a área de
RH deve estar pronta para ouvir as opiniões dos funcionários, pois eles podem
dar ideias para melhorar, inclusive, a logística do processo.