Negócios / Empreendedorismo - O poder do relacionamento nas negociações
“Nas negociações complicadas, não devemos esperar que iremos semear e colher
imediatamente, mas preparar o negócio e, então, cultivá-lo pouco a pouco.”
A frase acima, dita por Francis Bacon em 1597, retrata, com perfeição, a
importância do relacionamento nas negociações. Sejam elas complicadas ou não.
Atualmente, em função da globalização, desenvolvimento da tecnologia e,
principalmente, da similaridade entre os produtos, torna-se fundamental investir
em ações que estruturem junto ao cliente uma relação próxima e duradoura.
O objetivo é conquistar uma confiança mútua. Oferecer produtos de qualidade,
serviços customizados, informação, agilidade e prontidão para receber em troca
não somente a preferência do cliente, mas, principalmente, sua devoção na defesa
de seus produtos e serviços junto a concorrentes e, especialmente, clientes
potenciais.
No livro Negociar é Preciso (Elsevier Editora, 2001), o autor G. Richard
Shell dedica um capítulo inteiro para descrever a importância dos
relacionamentos nas negociações. Segundo ele, “os relacionamentos pessoais criam
um nível de integridade e confiança entre as pessoas que diminui a ansiedade e
facilita a comunicação”. Dessa forma, pode-se afirmar que a melhoria nos
resultados relativos a uma negociação é proporcional ao nível de facilidade na
comunicação e no relacionamento pessoal com o interlocutor.
Todo vendedor sabe que vender para um amigo é bem diferente de vender para um
desconhecido. Vários fatores agem no processo de negociação quando está em jogo
o relacionamento. Ter uma relação próxima demais, como no caso de negociar com
um amigo, pode ajudar, pois abre facilmente o canal de comunicação e permite o
jogo aberto e franco, o que encurta caminho para o fim da negociação. Porém,
pode comprometer sensivelmente o resultado para ambos os lados, seja do vendedor
que elimina margens em prol dos laços fraternos, ou do comprador, que reduz os
níveis de exigência e, portanto, acaba aceitando produtos ou serviços com
qualidade inferior ao que deveria receber.
O bom negociador deve saber dosar o nível de relacionamento e utilizá-lo como
suporte na negociação. A negociação baseada no relacionamento deve ser um
processo permanente de ganha-ganha. Seja amigo ou desconhecido, todos sentados à
mesa devem sentir que o resultado final é sempre igual ou melhor do que suas
expectativas.
Um bom relacionamento se conquista com reciprocidade. Vale aqui uma pequena
referência a um cântico católico que diz: “É dando que se recebe...”. A
utilização de presentes, mimos e favores são sempre bem-vindos. O simples fato
de presentear, gera uma dívida inconsciente na maioria dos interlocutores, o que
favorece sensivelmente nas futuras negociações.
Por fim, nunca é demais lembrar que mudanças rápidas e constantes levam a um
grau de incerteza cada vez maior quanto ao comportamento do mercado consumidor.
Dessa maneira, ter e administrar informações reais e em tempo real de nossos
clientes, assim como cultivar o relacionamento com eles, passa a ser peça
fundamental na estruturação da vantagem competitiva de qualquer empresa.
Referência:
vendamais.com.br
|
|
|