Turismo / Viagens - Mochilão: dicas para você viajar bem e gastar pouco
Colocar uma mochila nas costas e sair por aí, desbravando o mundo. Uma viagem
assim é o sonho de muitas pessoas - não pense que são só os jovens que se
atrevem neste tipo de aventura - e também uma excelente oportunidade de conhecer
lugares, pessoas, culturas e costumes diferentes sem gastar tanto.
Mas, para evitar que o seu mochilão se torne uma “roubada”, é importante se
atentar para algumas questões importantes, começando pelo planejamento da
viagem, item fundamental para não ter surpresas desagradáveis.
De acordo com o jornalista e radialista Edu Sona, que apresenta o programa
Mochileiro40tao na JustTV, a principal dica para fazer uma viagem deste tipo sem
transtornos é planejar bastante. “É importante você ter os planos A, B e C para
emergências. Você pode fazer uma viagem super econômica - mas passar por alguns
desconfortos - ou selecionar melhor criando alguns critérios como escolha de
hostel (albergue), tipo de viagens (trem ou avião) etc.”, afirma o aventureiro,
que criou o programa com objetivo de dar dicas de viagem e economia para as
pessoas mais velhas.
O fotógrafo Marcelo Victor, idealizador do site “Brasil de Mochila”, tem a mesma
opinião. “Hoje em dia, com acesso à internet, fica tudo mais fácil. Você tem
como planejar tudo antes, pesquisar preços, reservar a sua hospedagem”, diz.
Victor criou o site em 2003, depois de uma viagem de mochila para Machu Pichu,
no Peru. "Não tinha tanta informação na época. Resolvi viajar e fazer uma
espécie de diário de bordo, postando diariamente as informações da minha viagem
na página", conta.
Acomodações
Segundo Victor, o ideal é pesquisar bastante para ficar em acomodações
melhores e gastar menos. “Hoje em dia tem hotel até mais barato do que hostel”,
afirma.
Sona lembra que, muitas vezes, o hostel barato pode ser um problema. “No pique
de querer economizar, você acaba ficando mal localizado - e gasta mais com
metrôs e ônibus - ou é obrigado a dormir em verdadeiros depósitos de seres
humanos. O bom é pesquisar, ver as cotações e comentários de quem já passou por
lá e olhar bem o mapa da região antes de fechar a hospedagem”, ensina.
Outra opção diferente, mas bastante interessante, é o CouchSurfing (algo como
"surfar no sofá"). A ideia do projeto é unir pessoas dispostas a receber
turistas em casa e viajar da mesma maneira, sem custos de hospedagem.
Mas, os usuários deste serviço recomendam que quem optar pelo CouchSurfing deve
estar disposto a conhecer pessoas novas e não apenas ter um lugar para dormir,
já que a interação e a troca de informações e culturas são os principais
objetivos do programa.
Transportes
Em relação aos transportes, a dica também é pesquisar bastante e procurar
por ofertas entre as companhias aéreas. Na Europa, existem empresas “low cost”
(baixo custo), como a Ryanair e a EasyJet, que oferecem passagens muito em
conta. Um bilhete para viajar entre Barcelona e Londres, por exemplo, pode sair
por 10 euros (às vezes até menos), se comprado com antecedência.
Mas para pagar menos, é preciso viajar apenas com uma bagagem de mão e ela deve
ter o peso e medidas estipulados pela companhia aérea. Se ultrapassar o limite,
o preço pode ficar salgado.
Além disso, essas empresas geralmente operam em aeroportos distantes dos centros
das grandes cidades. “Você pode comprar passagens muito baratas pelas companhias
low costs, mas, com a dor de cabeça da burocracia e a distância de alguns
aeroportos, às vezes, compensa ir de trem”, diz Sona.
Para quem optar pelo transporte ferroviário, é interessante entrar no site da
empresa e também procurar por ofertas e pelos bilhetes que valem por vários dias
e dão direito a visitar um número específico de países.
“Muitas vezes viajar a noite sai mais barato. Então, é bom pesquisar nos sites
os horários das empresas e aproveitar as promoções noturnas”, diz Marcelo
Victor, do “Brasil de Mochila”.
Alimentação
Uma dica valiosa para se alimentar bem e não gastar muito é fugir dos
lugares mais badalados e frequentados por turistas. “É legal você conversar com
a população local e perguntar onde ficam os restaurantes que eles costumam
comer. Assim, você também conhece como são realmente os hábitos do lugar”,
afirma Victor.
Experiente, Edu Sona concorda. “Há muitas opções, como fazer o seu próprio
jantar ou comer barato em restaurantes fora dos pontos turísticos ou grandes
centros. O bom é que tem mercado em todos os lados. De fome você não morre”,
brinca.
Segurança
Para evitar que sua viagem se torne um pesadelo, você também precisa se
atentar para cuidados básicos com a segurança. O mochileiro40tao aconselha levar
uma parte do dinheiro em “cash” e a outra dividida entre cartões de débito
internacionais e de crédito. “O ideal é levar até 2 cartões de crédito para
evitar surpresas”, aconselha.
Pelas ruas, Sona afirma que todo o cuidado é pouco. “Lembre-se de que bandido
existe em todos os lugares, até mesmo no primeiro mundo. O turista, muitas
vezes, esquece disso e desfila com dinheiro, equipamentos gigantescos”, afirma.
“Nos hostels, guarde o que você puder no cofre ou no seu armário”, finaliza.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Equipe InfoMoney
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