Comprar um imóvel antigo significa, além de arcar com as mensalidades do
financiamento - em caso de impossibilidade do pagamento à vista -, desembolsar
um dinheiro para a reforma. Diante dessa situação, fica a dúvida: o que deve ser
feito? Aproveitar o valor da entrada para fazer as modificações na casa e pedir
emprestado todo o restante ou optar por pedir o menor valor de crédito possível?
Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac),
Miguel José Ribeiro de Oliveira, é importante levar em conta que quanto menos a
pessoa financiar, menos juros ela pagará. "As taxas são cobradas sobre o valor
total emprestado", lembrou.
Importância da entrada
Dessa forma, a escolha deve ser bem pensada para que a facilidade inicial não
resulte em maiores gastos depois. Além disso, deve-se lembrar que, dentro do
Sistema Financeiro de Habitação, não é possível financiar todo o valor do imóvel
antigo.
"Hoje os bancos oferecem até 80% do preço, enquanto que para os novos é de
100%", explicou. Portanto, o dinheiro da entrada é fundamental para fazer o
negócio.
Modificação no cenário
Na avaliação do economista, até o ano que vem, esse cenário será modificado. "Há
algum tempo, era possível conseguir crédito de até metade do preço da casa ou
apartamento, enquanto que hoje chega a 80%", previu.
De qualquer maneira, vale lembrar que quanto maior o valor financiado, maior
também é o prazo utilizado para o pagamento ao banco. E tudo isso pesa no bolso,
em forma de juros.