Carreira / Emprego - Crescimento profissional: garanta o seu, aprendendo a negociar
Pense em sua rotina: você dribla dificuldades o tempo todo, precisa dar conta de
suas atribuições e depende diretamente da decisão de outras pessoas. Afinal,
mesmo trabalhando por conta própria, você não é uma ilha.
E esta convivência, independente do seu ramo de atividade, exige uma boa dose de
negociação. Você já se deu conta disso?
A arte de negociar
Há certo tempo, a prática da negociação era vista como incumbência exclusiva de
compradores, vendedores e de alguns funcionários de Recursos Humanos. Mas esta
realidade mudou, e muito. Em todas as divisões de uma empresa, os profissionais
estão envolvidos com a negociação: afinal, são diversos interesses e obrigações
para se conciliar, e nesta briga ninguém quer sair perdendo.
Quer um exemplo? A negociação está tão incorporada ao seu dia-a-dia que você nem
sempre percebe: ao lidar com sua equipe, ao conversar com seu chefe, ao prestar
contas ao cliente, ao definir propostas e metas, ao defender idéias e
melhorias...até mesmo ao pleitear aumento do seu salário!
Sendo assim, a dica é caprichar nesta característica que, diante da
competitividade do mundo corporativo, tem sido vista como pré-requisito em uma
contratação. Neste sentido, o consultor Luiz Felipe Cortoni, professor do
Instituto Vanzolini (USP) e sócio-diretor da LCZ, relata os erros mais comuns da
negociação.
Exagerar na argumentação
Para o consultor, é normal que o funcionário considere que seus argumentos são
poderosos e imbatíveis. "No entanto, não é a nós mesmos que nossos argumentos
devem convencer, e sim ao interlocutor", declara.
Leve em consideração, portanto, que a outra parte se verá na posição de rebater
os argumentos, pois também acredita em suas próprias opiniões.
Pressionar o interlocutor
Segundo Cortoni, quanto mais pressionado o interlocutor, maior sua defesa e a
dificuldade para se chegar, enfim, a um acordo.
Evite subestimar a outra parte, acreditando que ela não possui argumentos,
resistência ou armas suficientes. Você poderá se surpreender com isso!
Negar-se a ceder
A negociação não deve ser vista como uma queda de braço. Há condição, em
determinado momento, de abrir mão de determinadas posições para chegar a uma
solução alternativa e consensual.
É possível formar uma terceira opinião, que não é a nossa nem a do nosso
interlocutor, "mas uma posição onde o acordo é confortável para os dois",
esclarece o consultor.
Demonstrar triunfo no final
Para Cortoni, além de se tratar de um erro básico e infantil, é ainda muito
freqüente. Afinal, ninguém gosta de saber que foi vencido ou que poderia ter
saído do processo com mais algumas conquistas.
A conclusão, neste caso, é que a outra parte pode perceber o quanto perdeu e
querer, justamente por isso, retomar a negociação, ou seja, voltar à estaca
zero!
Participar sozinho da negociação
Por maior que seja o seu poder de negociação, é sempre indicado que mais pessoas
participem de reuniões mais complexas com este fim.
Porém, o consultor esclarece: cada um deve saber o que fazer, como e quando
fazer, já que parceiros mal acertados podem prejudicar e muito uma negociação.
Boa sorte!
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