Imóveis - Na hora de pintar a casa, escolha produtos certos e economize
Foi-se o tempo em que, para se pintar uma casa, era preciso gastar muito
dinheiro com profissionais especializados e tintas fabricadas por
multinacionais. O mercado de tintas evoluiu muito ao longo dos anos, e várias
novidades foram criadas para que o consumidor economize na hora de mudar as
paredes de sua casa. No entanto, além da economia em produtos, algumas atitudes
podem ajudar a reduzir ainda mais os custos.
"A principal economia que se pode fazer na hora de pintar é evitar o retrabalho,
ou seja, usar produtos de boa qualidade, rendimento e durabilidade para que não
seja preciso pintar tudo novamente em um curto espaço de tempo", garante Artur
Bottura, gerente de produtos da loja Tintas São Caetano.
Bottura garante ainda que na hora de escolher o produto também é possível
economizar, sem perder qualidade: "Atualmente temos tintas 100% nacionais de
linha econômica, tão boas quanto as de primeira linha, das famosas tintas de
multinacionais. Para se ter idéia, uma lata de tinta de 18 litros de marca
famosa custa R$ 130, enquanto a nacional sai por R$ 94, o que garante ao
consumidor uma economia de, em média, 27,5%. O problema é que muitas pessoas
ainda se preocupam mais com o nome do produto do que com a qualidade em si".
Novidades
Alguns novos produtos também ajudam a economizar, como é o caso das chamadas
tintas inteligentes. "Hoje em dia há diversos tipos de tinta. Uma que é bastante
utilizada e gera economia é a tinta lavável, pois ela permite que se faça
limpeza nas paredes, sem a necessidade de pintar de novo quando elas estão
sujas", explica Bottura. Mas o gerente alerta: "lavar não é jogar água, pois
isso acaba com a tinta e a parede. Essa tinta permite limpeza, ou seja, passar
um pano com água e sabão apenas".
Outra novidade é a tinta para ser aplicada no teto do banheiro. "O banheiro é um
lugar onde o teto costuma ficar escuro. Recentemente foi lançada uma tinta que
pode ser aplicada direto no mofo, sem que seja necessário fazer uma preparação
anterior no teto. Ela também evita que o mofo se reinstale no local".
De acordo com Bottura, um erro comum faz com que as pessoas gastem com
retrabalho: a aplicação da tinta em paredes com infiltração. "As pessoas chegam
na loja procurando tintas para infiltração e isso não existe. Por mais que
existam tintas com anti-mofo, elas são preventivas e não corretivas. Quando uma
parede infiltrada é pintada sem uma preparação prévia, ela cria bolha em pouco
tempo e a pessoa acaba tendo que fazer tudo outra vez", explica.
Tintas que permitem pintura direto no gesso também são novidade. "Elas ajudam
muito na hora de fazer economia. Hoje grande parte dos apartamentos são
entregues no gesso e até pouco tempo as pessoas precisavam fazer toda uma
preparação na parede antes de aplicar a tinta. Agora existe um produto que é
tinta de fundo e de acabamento em um só, ou seja, economiza tempo e dinheiro".
Cuidados
Nem sempre o que parece mais barato é o que garante economia. "As texturas
costumam enganar muito o consumidor porque uma lata de 3,6 litros custa R$ 12,
enquanto a lata de tinta com a mesma quantidade custa R$ 30. No entanto, é
preciso três latas de textura para cobrir o mesmo espaço da tinta", alerta
Bottura.
Outra situação bastante comum na hora de pintar é o desperdício: "As pessoas
ficam com medo de que falte tinta e elas não consigam encontrar a mesma
tonalidade e por isso compram em excesso. O ideal é tirar corretamente a
metragem das paredes que serão pintadas, e comprar a quantidade certa. Cada
produto tem um rendimento, mas na lata sempre está escrito quantos metros ela
rende".
Dicas práticas
- Muitas pessoas ou diluem demais a tinta ou resolvem aplicá-la sem
diluir. As duas coisas estão erradas. O correto é seguir as orientações de
preparo descritas na lata. Aplicar a tinta sem diluir fará com que ela fique
muito grossa e rache em pouco tempo;
- Pintar um ambiente na ordem correta economizará tempo e dinheiro. Comece
pelo teto (1), paredes (2), portas (3), janelas (4) e finalmente pinte o
rodapé (5);
- Comprar as ferramentas corretas também é importante. Para tintas
acrílicas ou PVA, o ideal é rolo de lã baixa (que espalha bem o produto).
Para esmaltes, tinta óleo e verniz, o ideal é o rolo de espuma;
- Se sobrou tinta, não precisa jogá-la fora. Tampe bem, de forma que não
entre ar, em um lugar sem umidade ou calor excessivos, sempre em posição
vertical e em lugares sem muita movimentação;
- Muitas lojas possuem simuladores de ambiente que permitem fazer testes
sem gastar dinheiro e evitam arrependimento em relação à cor usada.
Experimente.
Referência:
InfoMoney
|
Autor:
Tabata Pitol Peres
|
|