O que é?
A rinoplastia é a cirurgia para correção de deformidades no nariz. Podem ser
anomalias do crescimento, deformidades adquiridas por traumatismo ou outras
doenças.
Como se desenvolve?
Fatores genéticos, ou características familiares e raciais, têm papel
preponderante no estabelecimento da forma do nariz. Outro dado importante é o
crescimento das cartilagens. O traumatismo, seja na infância afetando o
crescimento, ou fraturas que alterem a estrutura nasal também são importantes no
aparecimento destas deformidades.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico das deformidades é feito pelo médico, a partir de queixas
específicas do paciente. Nos casos de anomalia do crescimento, na maioria das
vezes, somente o exame clínico é suficiente para chegarmos à uma conclusão.
Quando a deformidade é pós-trauma é necessário um exame de imagem como a
tomografia computadorizada para uma correta avaliação. É importante ressaltar a
necessidade de uma avaliação funcional do nariz (dificuldade para respirar),
normalmente feita por um otorrinolaringologista, para excluir ou até mesmo
tratar conjuntamente outros problemas nasais associados, como desvio do septo,
hipertrofia dos cornetos e rinites.
Como se trata?
Como em toda a cirurgia estética a indicação de tratamento deve partir da
vontade do próprio paciente, isto é, o tratamento das deformidades estéticas só
deve ser feito por auto-indicação. O papel do cirurgião plástico é estabelecer
se os anseios do paciente são reais, que tipo de tratamento é mais indicado para
cada caso e mostrar que este é um tratamento médico, com todas as suas
características (limitações, riscos). A idade mínima para a correção, desde que
respeitados os princípios acima, é a adolescência, 2-3 anos após a primeira
menstruação. Nos casos em que a deformidade é devido a trauma ou malformações
congênitas este prazo normalmente é muito abreviado.
Uma avaliação clínica e laboratorial pré-operatória é fundamental para
estabelecer se o paciente está em boas condições para submeter-se a um
procedimento anestésico e cirúrgico.
A rinoplastia pode ser para diminuir ou aumentar o nariz, corrigir desvios,
alterar a forma e a posição da ponta.
O tratamento cirúrgico, na imensa maioria das vezes, não deixa cicatrizes
externas, sendo que os cortes, em geral, são feitos na parte interna do nariz. A
pele é descolada das cartilagens e do osso e estes são tratados. No final a pele
se acomoda à nova estrutura. Algumas vezes pode ser necessária a utilização de
enxertos de osso ou cartilagem da própria pessoa para melhor moldar o nariz. Os
pontos são todos internos e normalmente não precisam ser removidos.
A anestesia pode ser local, local com um anestesista propiciando uma sedação,
ou geral. A escolha do método de anestesia, sempre em comum acordo com o
anestesista, levará em consideração o tamanho da cirurgia, as condições clínicas
e psicológicas do paciente. Apesar de poder ser realizada em caráter
ambulatorial (alta hospitalar logo após a recuperação da anestesia) é mais
seguro e cômodo para o paciente permanecer a primeira noite no hospital (24
horas de internação).
O paciente fica com um curativo, esparadrapo de papel (micropore) e uma
proteção de gesso, plástica ou de metal, por um período de 7-10 dias. Quando não
é feito nenhum procedimento associado, no septo ou cornetos por exemplo,
normalmente não é necessário utilizar tampões nasais.
Os cuidados pós-operatórios variarão segundo a magnitude dos procedimentos
efetuados. Sempre haverá um inchaço, maior nos primeiros 2 dias, que
gradativamente vai diminuindo. Em geral 7-10 dias é o tempo suficiente para o
paciente retornar às suas atividades sociais e laborais. É importante ressaltar
que as alterações de cicatrização e acomodação dos tecidos em seu novo local
seguem por mais algum tempo. Pelo menos três meses são necessários para se
observar o resultado final do tratamento.