“Liderança com Visão e Energia”
“Cinco chaves para exceder as expectativas”. Vamos a elas:
Chave 1: Lidere pelo exemplo
Uma meta é resultado de inteligência integrada aplicada. Suas decisões devem
decorrer de união de três cérebros localizados na cabeça, no coração e nas
vísceras. Liderar só com a cabeça limita a criatividade. Você deve ouvir seu
coração, mas também dar atenção ao seu feeling (aquele frio na barriga que
sentimos por ocasião de algumas ações).
Chave 2: Gerencie a direção, não o movimento
Estatisticamente está comprovado que a inovação aplicada gera lucro. As 1.200
empresas mais inovadoras do mundo auferiram ganhos 800% superiores ao longo de
uma década segundo dados da Business Week divulgados em 2006.
A ciência da execução para ativar este processo de inovação não está no
autocontrole, através do qual a motivação torna-se efêmera e o comprometimento
se esvai diante da agitação ou do stress. O êxito está na auto-regulação, um
processo de vincular metas ao melhor resultado emocional possível.
Um ótimo mecanismo de liderança consiste em comprimir o tempo destinado a uma
determinada tarefa ou meta. Assim, relacione suas metas programadas para o
período de um ano, por exemplo. Em seguida, estude como realizá-las não em doze
meses, mas em apenas um único mês.
Cooper alerta que nosso cérebro adora jogar com a segurança . Por isso é tão
confortável falar em metas para cinco, dez ou mais anos, pois nada será feito de
imediato. Portanto, desafie-se! Torne possível o que, à primeira vista, parece
ser impossível.
Chave 3: Gerencie a concentração, não apenas o tempo
A neurociência confirma que somos maus administradores de nosso tempo. E, mais
do que isso, sofremos forte tendência a perder o foco.
Algumas provocações para sua reflexão:
* Em suas reuniões regulares, como você poderia reduzir em 50% ou mais o tempo
gasto, mantendo ou melhorando os resultados?
* Segundo relatório da CNN News (17/10/06), perdemos em média, no trabalho, até
duas horas e meia diárias devido a interrupções e distrações;
* Estabeleça uma hora por dia sem interrupções para você e neste intervalo
trabalhe concentradamente em três objetivos específicos, reservando vinte
minutos para cada um deles;
* Um feedback é importante, mas ele atua sobre um evento passado,
aprisionando o cérebro e colocando-o na defensiva. Trabalhe com feedforward,
ou seja, um impulso emocional positivo para influenciar e mudar de agora em
diante.
Chave 4: Gerencie a energia, não o esforço
Seja rápido sem se apressar. Mantenha a flexibilidade.
Faça pausas estratégicas de apenas trinta segundos a cada meia hora, e pausas
essenciais de dois a cinco minutos no meio da manhã e no período da tarde para
aumentar sua energia e concentração.
Você pode fazê-lo realinhando sua postura, respirando profundamente, bebendo
água gelada, movimentando-se em direção a uma luz mais forte, entrando em
contato com paisagens naturais, situações bem humoradas e expondo-se a mudanças
visuais ou mentais. Estas ações podem garantir um incremento de até 50% no seu
nível de energia, elevando a produtividade em até 10%.
Finalmente, administre a transição de seu ambiente profissional para o familiar.
Assim, ao chegar em casa, estabeleça uma zona intermediária de até quinze
minutos, período no qual deverá apenas cumprimentar carinhosamente seus
familiares com no máximo vinte e cinco palavras. Procure desacelerar. Tome um
banho, troque suas roupas, beba algo. Está comprovado que situações de conflito
e argumentos prejudiciais começam ou se ampliam nos primeiros quinze minutos
após o regresso ao lar.
Chave 5: Gerencie o impacto, não as intenções
O objetivo é reduzir o tempo pela metade buscando dobrar os resultados. No
processo de monitoramento, faça medições semanais – elas aumentam
significativamente a iniciativa e a responsabilidade pessoais no cumprimento das
metas estabelecidas.
Procure avaliar como andam os níveis de energia e concentração da equipe.
Observe as economias de tempo e reduções de custo possíveis, onde foram obtidas
e qual sua magnitude. Acompanhe a evolução da eficácia da equipe e o
redirecionamento das metas com base no critério da prioridade.
Ao final de sua apresentação, Cooper ressalta que um líder deve questionar sua
equipe sobre seu aprendizado buscando contribuição e não julgamento.
E todos os dias os melhores líderes desistem de tudo o que conquistaram para se
reinventar na busca pela excelência.
“É preciso ter coração”
Para Moss, construir uma boa equipe é responsabilidade do líder que deve
inspirar as pessoas – mas não sem antes inspirar-se primeiro. A performance é
atribuição direta da liderança organizacional. Se uma empresa não estiver se
saindo bem, vá direto ao topo!
Liderar envolve cinco atributos básicos:
1. Caráter. Contempla integridade, coragem e confiabilidade. A
expressão-chave é: liderar pelo exemplo.
2. Compromisso. Compreende desejo, foco e impulso. Trata-se de
comprometimento com metas estabelecidas.
3. Competência. Baseada no conhecimento e, mais do que isso, na
habilidade de processá-lo alcançando a sabedoria. O desejo de aprender deve
transformar todo líder em eternos estudantes da vida.
4. Comunicação. Deve ser freqüente, ou seja, é preferível pecar pelo
excesso. Além disso, precisa ser verdadeira, transparente e sensível com as
pessoas e as circunstâncias.
5. Interesse. Resumido numa única palavra: empatia. Seja duro nas
questões, ao lidar com problemas, porém brando e flexível ao lidar com as
pessoas.
Além destes aspectos, Dale Moss alerta os líderes para a importância da cultura
e dos valores corporativos. A transparência, responsabilidade e confiança são
bens supremos, assim como a integridade e a honra.
O mau hábito de usar da honestidade apenas quando se acredita que alguém esteja
olhando produziu empresas dignas de um “hall da vergonha”, como a Enron,
WorldCom, Guidant e Merck (Vioxx).
Deve-se jogar para ganhar. Ir até onde for possível usando todos os recursos de
que se dispõe. Porém, liderança é um jogo de estilo. Não é o que você faz que
conta, mas como você faz. Antes que você possa realmente liderar, tenha um
código capaz de orientá-lo pela vida. E lembre-se de que as pessoas não estarão
lá para atender você, mas você deverá estar a postos para atendê-las. Afinal,
liderar é servir.
“Excelência – Conquista e Sustentabilidade”
Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, premiado técnico da seleção
brasileira de vôlei, encerrou o primeiro dia do Congresso abordando o tema
Liderança com as seguintes contribuições.
Líder é aquele que atinge resultados utilizando como diferenciais competitivos
sustentáveis o capital, a tecnologia e, em especial, o fator humano, que
consiste em selecionar talentos. Nesta tarefa, os talentos certos são formados
nem sempre pelos melhores, mas sim pelos complementares.
A identificação de um talento deve contemplar as características de genialidade
(capacidade de realizar algo de maneira incomum), contribuição (o resultado
efetivo proporcionado), determinação (inspiração pela obstinação) e paixão.
Mas um talento por si só não basta para a conquista do sucesso. É o trabalho em
equipe, a consciência coletiva, o fator decisivo. E cabe ao líder não apenas
identificar os talentos certos, mas potencializá-los individualmente e em
conjunto, exigindo mais de cada membro da equipe, aplicando testes constantes
capazes de desafiá-los e promovê-los a um nível mais elevado, contornando os
inevitáveis efeitos da inflamação dos egos decorrente das vitórias conquistadas.
A lição que fica é: “Não se iluda com o elogio e não se deprima com a crítica”.
No caminho para a transformação de sonhos em conquistas, de objetivos em
realizações, dois aspectos fundamentais estão presentes ligando-os como se fosse
uma ponte: planejamento e disciplina. O primeiro representa o projeto da ponte;
o segundo, a construção da ponte.
A disciplina demanda a prática diária que conduz à excelência. Daí surge o
pressuposto básico de treinar compulsivamente. Lembrando o consagrado técnico de
futebol norte-americano, Vince Lombardi: “Quanto mais suarmos no treinamento,
menos sangraremos na batalha”. Ou, ainda, Bob Knight: “A vontade de se preparar
deve ser maior do que a vontade de vencer”.
Sucesso e fracasso indiscutivelmente deixam suas lições. A derrota deve ser
assumida com responsabilidade e nos alerta para a importância do planejamento.
Já a vitória nos traz o desafio da sustentabilidade e os ensinamentos de que o
sucesso passado não garante o êxito futuro, de que vencer como favorito é tarefa
ainda mais árdua e de que jamais podemos nos acomodar. Fixe-se no desempenho,
nunca no placar.
Finalizando, algumas recomendações finais aos líderes:
* Demonstrem transparência em suas ações;
* Desenvolvam relações de confiança;
* Busquem a proximidade com a equipe;
* Instiguem o inconformismo.