Todas as pessoas querem ter dinheiro para realizar seus sonhos e sabe-se bem
que nem sempre o salário é suficiente para isso. Por esse motivo, é natural a
busca de alternativas para adquirir produtos, financiando a compra, ou aplicando
determinada quantia para que ela cresça.
Antes de optar por qualquer uma dessas opções, porém, é preciso esclarecer
alguns pontos. O primeiro deles é entender o efeito das taxas de juros no
dia-a-dia, sobretudo no seu bolso!
Primeiros passos
Vamos, primeiramente, à definição: o dinheiro, como qualquer outra mercadoria,
tem um "preço", que é justamente definido pela taxa de juro.
No Brasil, além desta taxa seguir em um nível alto, existe uma grande diferença
entre as que você paga quando toma dinheiro emprestado e as taxas que recebe em
rendimento quando investe.
Isso significa que, se uma rentabilidade de 1% ao mês na renda fixa pode ser
vista como muito boa no momento atual, as taxas cobradas em financiamentos ficam
muito acima desse patamar, chegando a níveis próximos de 10% para dívidas no
cartão de crédito!
Efeito no bolso
É essa diferença entre as taxas de juros que deve ser considerada ao equilibrar
o seu planejamento financeiro. Antes de investir, analise o seu endividamento.
Reduzir ou liquidar suas dívidas deve ser sua prioridade. Por exemplo: ter R$ 10
mil investidos a 1% ao mês implica em receber algo em torno de R$ 11.268 após 12
meses, sem incluir o que você deveria pagar em impostos. Já uma dívida do mesmo
valor, porém com juros de 5%, cresceria para quase R$ 18 mil!
Ou seja, como conseqüência da enorme diferença de juros, a dívida cresce muito
mais rápido do que o dinheiro investido.