Imóveis - Portarias de prédios: No prédio da vereadora, um faxineiro na portaria
Em outro edifício, de 12 andares, também com um apartamento por andar, onde
mora uma vereadora, o “teste das flores” reprova o porteiro. Aliás, quem não
passa no teste é o faxineiro, que tomava conta da portaria enquanto o titular da
guarita estava no horário do lanche.
Diante da senha: “Queria entregar essas flores para a vereadora”, o faxineiro
abre o portão, sem nenhum vacilo. E avisa: “A empregada já vai descer para
buscar.”
Um visitante do prédio, ainda na calçada, assiste à cena: “Isso é terrível. A
segurança é muito falha, lamentável. Pelo que pagam de condomínio, que é um
dinheirão, esse prédio devia ser o mais seguro da cidade inteira.”
Um detalhe agrava a situação do prédio: além do faxineiro, na parte interna do
condomínio também estava alguém que, em tese, deveria manter o local sob a mais
restrita vigilância – um segurança da Câmara Municipal, um privilégio concedido
a todos os vereadores.
Geralmente quem faz esse trabalho são policiais militares. Mas nem o segurança
tomou qualquer providência e não impediu que o portão fosse aberto a estranhos.
Matéria publicada na edição de 09/06/03 do
Jornal da Tarde
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