Carreira / Emprego - Onde estou e onde deveria estar: quais os desafios na carreira aos 20, 30, 40 e 50?
Independentemente da idade, a vida profissional é repleta de desejos,
conquistas e desafios. Entretanto, eles variam conforme os anos passam e em
vários momentos da vida as pessoas se perguntam “onde estão e onde deveriam
estar?”.
Segundo especialistas, não há resposta pronta para tal pergunta, entretanto, há
desafios, e mesmo expectativas por parte das empresas, que são mais comuns em
determinada idade. Aos 20 anos, por exemplo, o grande desafio dos profissionais
é se projetar na carreira, explica a consultora de planejamento da Ricardo
Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.
Na opinião dela, esta é uma fase de troca: a empresa oferece a oportunidade da
experiência, enquanto o profissional traz o conhecimento teórico e a inovação
para a companhia. A headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Emmanuele
Spaine, concorda e acrescenta:
“Para a empresa, este é um período de aprendizado, sendo que a principal
dificuldade para o jovem é entrar no mercado de trabalho”. Nesta idade, diz ela,
o jovem profissional deve aproveitar para aperfeiçoar idiomas e começar a
definir um caminho para uma futura pós-graduação.
Dos 30 aos 40
Na faixa dos 30 aos 40 anos, diz Emmanuele, as empresas esperam que este
profissional já esteja mais estabilizado e consolidado, tanto no que diz
respeito à própria empresa, como na função que pretende exercer na carreira.
Além disso, ressalta Karla, este profissional já deve estar alinhado aos valores
da empresa e estar preparado para conciliar a vida profissional com a pessoal,
já que esta é a idade na qual a maior parte das pessoas está constituindo
família.
Estes profissionais, dizem, querem reconhecimento, mas não devem deixar de lado
a atualização, procurando, nesta fase, investir em cursos de pós-graduação e no
desenvolvimento das competências de gestão.
40 e 50
Na faixa dos 40 anos, a expectativa é que o profissional já tenha
conhecimento teórico, específico e alguma experiência internacional, avalia
Emmanuele.
Também é importante que ele tenha autogerenciamento e procure sair da zona de
conforto, buscando rápida adaptação às situações e constantes mudanças no
mercado. “É importante se manter atualizado, atrativo para o mercado (…) nesta
faixa etária, um dos temores é o medo do desemprego”, diz.
Por fim, aos 50 anos, o medo do desemprego existe e a dificuldade de recolocação
é um pouco maior. Contudo, explica Karla, os profissionais devem ressaltar a
maturidade, experiência e a expertise profissional, pensando sempre sobre quais
medidas e rumos tomar para se adequar às exigências do mercado.
Cargos
No que diz respeito aos cargos, o que se espera, por idade, é o seguinte:
- Aos 20: trainee, analista júnior e, ao final da década, pleno;
- Aos 30: cargos de analista pleno e sênior. Cargos relacionados com
coordenação;
- Aos 40: cargos gerenciais
- Aos 50: cargos gerenciais, de diretoria e conselheiros.
Apesar deste ser o caminho mais comum na vida profissional, as especialistas
alertam que este não é o único e que ninguém deve se desesperar, caso a
trajetória de sua carreira não esteja seguindo exatamente este caminho ou
similar.
Contudo, dizem, se a pessoa se sente incomodada com os rumos de sua carreira e
insatisfeita ao responder a pergunta “onde estou?”, talvez seja a hora de
procurar ajuda, como a de um coaching.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Gladys Ferraz Magalhães
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