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Consumidor - Crédito amplia poder de consumo. Mas, antes de pedir, avalie os juros 

Data: 24/05/2007

 
 
Quando o dinheiro está curto e há necessidade de comprar algum bem, a saída de muitos brasileiros é o crédito. É essa espécie de "acordo de pagamento" que dá mais poder de compra às pessoas e, por conseqüência, aquece as vendas e a economia no Brasil.

Contudo, é importante lembrar que esse aliado do orçamento deve ser utilizado de maneira consciente, para que não acabe por se tornar um vilão do bolso. Seja qual for o tipo de empréstimo utilizado, a ordem é planejar antes, para ver se a conta caberá na sua realidade.

Tipos
Existem vários tipos de crédito. E, assim como se concede dinheiro ao consumidor, é necessário cobrar juros para que, em caso de calote, a empresa/banco/financeira não fique com seu próprio orçamento desequilibrado:
  • Cartão de crédito: não existe um indicador oficial a respeito da inadimplência no cartão de crédito. Contudo, sabe-se que o risco do cliente não pagar a conta é alto. Exatamente por conta disso, os juros desse meio de pagamento são altos em caso de atraso, ficando em cerca de 10% ao mês;
     
  • Crédito imobiliário: ter o dinheiro na mão para comprar uma casa não é realidade para muitos brasileiros. Portanto, a saída é ir até um banco e pleitear crédito imobiliário. Os juros anuais são mais baixos. Para se ter uma idéia, recentemente foi anunciado que o empréstimo destinado a família com renda entre R$ 3,9 e R$ 4,9 mil cairia para 8,66% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial do período. E uma das respostas para taxas tão baixas, diante de outras do mercado é o fato de que, em caso de não pagamento das parcelas, o banco consegue, sem muita dificuldade, tirar o imóvel da pessoa;
     
  • Financiamento do carro: assim como ocorre no caso dos imóveis, a taxa de juro para financiar um carro é menor do que as demais do mercado, na casa de 1,99% ao mês. E o motivo principal é o mesmo: o banco, financeira ou concessionária pode confiscar o bem, se não receber o pagamento;
     
  • Cheque especial: não é muito incomum a necessidade de utilizar o cheque especial como forma de complemento de renda. A prática - nada recomendada por especialistas - custa caro. O último levantamento da Fundação Procon de São Paulo mostrou que a taxa é, na média, de 8,29% ao mês. No ano, isso dá 160%. Mais do que o dobro do valor utilizado;
     
  • Empréstimo pessoal: pedir um empréstimo pessoal ao banco custa 5,37% ao mês. Anualizados, os juros são de 87,33%.
Pare e pense
Diante dessas informações, pare e pense antes de utilizar o crédito. O cartão de crédito é uma ótima ferramenta, mas cuidado com a conta! Não gaste mais do que você pode, faça as contas e estabeleça limites.

O indicado é que o empréstimo pessoal só seja solicitado se for para quitar uma outra dívida que tenha juros maiores, como as de cheque especial e de cartão de crédito, e quando não houver dinheiro para pagar a fatura.

Para compra da casa, lembre-se que o valor da parcela não deve ultrapassar 30% do orçamento. Assim, a incapacidade de pagamento é mais difícil de ocorrer. O mesmo vale para a parcela do carro: ponha todas as suas contas na ponta do lápis e analise se cabem no orçamento ou não. Dessa maneira, fica mais fácil manter as contas em dia.


 
Referência: -
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :