Negócios / Empreendedorismo - Universidades não ensinam a empreender; profissional deve buscar aprendizado
De acordo com pesquisa realizada pelo Sistema Firjan (Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), muitos universitários esperam que as
faculdades ensinem como empreender. A medida, portanto, não está sendo tomada, o
que exige que os próprios alunos corram atrás deste diferencial.
Os dados mostram que mais da metade dos estudantes (58,9%) espera que o
conhecimento de empreendedorismo seja ensinado em sala de aula, enquanto 50,3%
deles dizem que, na realidade, isso não é feito.
Busque conhecimento
Para o presidente da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, a sondagem mostra "um
paredão para os jovens quando chegam ao final da universidade", já que não
contam com o conhecimento para abrirem um negócio, o que seria uma alternativa
para o desemprego.
Por isso, o próprio universitário deve reivindicar este tipo de conhecimento.
Para quem já se formou, a alternativa é fazer cursos de curta duração
complementares que possam dar uma noção básica sobre o assunto.
O Sebrae oferece este tipo de aprendizado, com cursos como "Aprenda a
Empreender", "Saber Empreender" e "Formação de Jovens Empreendedores", os quais
completam a lacuna do ensino superior. Quem se interessar pode acessar o site da
instituição (http://www.sebraesp.com.br) e obter mais informações.
Além de saber a teoria, os profissionais precisam ter espírito empreendedor para
se dar bem neste caminho. Existem pessoas que têm o dom de renovar, criar e
gerir de maneira perfeita. Sempre com novas idéias e visando a viabilidade
destas, elas são perfeitos empreendedores, nascidos para o sucesso.
Problema é cultural
Para o vice-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antonio Levy, a pesquisa contém uma dose de
verdade. "Nossa cultura não tem sido a de estimular esse tipo de iniciativa",
disse à Agência Brasil.
O vice-reitor ainda afirmou que é preciso reformar os currículos, o que a UFRJ
já tem feito em cursos tecnológicos e de engenharia. "Mas elas (reformas) ainda
são insuficientes e precisam ser expandidas".
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