Na hora de administrar suas finanças, um dos principais passos é preparar um
orçamento. Porém, muita gente não sabe por onde começar: será que vale a pena
entender melhor primeiro as despesas ou as receitas? Qual das duas deve ser o
ponto de partida?
Embora muitos acreditem que sejam as despesas, normalmente apontadas como as
"vilãs" da falta de controle nas contas de muita gente, na verdade é pelas
receitas que o processo de preparar um orçamento deve começar. O motivo é
simples: você deve enfrentar sua realidade financeira, que é dada por quanto
você ganha, e adaptar seus padrões de gastos de acordo com isso.
Comece pela renda
O ponto de partida, desse modo, deve ser a análise das receitas. Afinal, são
elas que definem o seu poder de consumo, de forma que os seus gastos devem se
adaptar a essa realidade. De forma geral, você tem muito menos controle sobre as
receitas do que sobre as despesas. Procure, portanto, entender exatamente quanto
ganha para tentar determinar quanto pode gastar.
Isso não significa, porém, que você deve aceitar as receitas que recebe como o
máximo que pode dispor. Investir em educação e treinamento pode ser uma
alternativa interessante para ampliar seus ganhos no futuro. Além disso, nunca
se esqueça do que pode ganhar também desempenhando alguma outra atividade em
paralelo com o que você faz atualmente.
Nessa hora, você pode complementar sua renda de várias formas. Se aumentar sua
carga de trabalho, por meio de horas extras, não for possível, use sua
criatividade para tentar obter uma segunda fonte de renda. Não são poucos os
casos onde isso dá certo e, muitas vezes, a atividade inicialmente secundária
acaba trazendo uma renda maior que o emprego original.
Como contabilizar sua renda
Na hora de contabilizar sua renda, você deve incluir todas as fontes
disponíveis: salário, rendimento com aplicações financeiras ou aluguel, além de
outras rendas. É importante, no entanto, segregar quais são rendas diretamente
decorrentes do trabalho e quais correspondem a outros fatores.
Lembre-se, também, de segmentar quais são suas fontes de receitas fixas e quais
são variáveis. Em geral, é mais fácil montar um orçamento para quem trabalha
principalmente com remuneração fixa do que para as pessoas que dependem de
receitas variáveis, como comissões, bonificações etc.
Quem vive com remuneração variável provavelmente já percebeu que, se por um
lado, o processo de análise das receitas pode ser mais complicado, por outro
lado é mais importante. A falta de um padrão definido de receitas tem sido um
dos fatores que mais contribuem para um planejamento financeiro deficiente.