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Entrevista de emprego - A ética ou a ausência dela na seleção de pessoal 

Data: 12/12/2008

 
 

Dentro das empresas, cada vez que um processo é automatizado ou informatizado, conseqüentemente faz com que diminua o número de pessoas para operação de uma tarefa.

Portanto, as oportunidades de emprego se afunilam com a automação de processos, com o enxugamento do quadro de funcionários e com o redesenho de funções. São fatos que todos profissionais de recursos humanos já constataram mas, o crescimento de algumas atitudes não éticas é preocupante.

A acentuação do preconceito de todos os tipos, a busca de pessoas altamente qualificadas para executarem tarefas simples com planos de carreiras inexistentes, pressões sem fundamento, humilhações e a desqualificação moral parecem ocupar o cenário de muitas empresas, quase sempre organizações ultrapassadas e moribundas.

Dentre vários problemas, destaco a questão da seleção de pessoas. Já ouvi muitos profissionais se queixarem de condutas suspeitas em métodos de seleção. Alguns disseram que tiveram que imitar uma galinha, outros afirmaram terem dançado pagode ou esperado horas para testar sua paciência.

Claro que, num contexto de crise de emprego, muitas pessoas acabam sujeitando-se a procedimentos que não agregam valor algum. Lembro-me de uma pessoa que, por estar desempregada, disse que se algum selecionador pedisse para ela imitar uma galinha, faria e ainda perguntaria qual o tipo era mais indicado (carijó, de angola, caipira...) tamanha era sua necessidade naquele momento.

Podem existir inúmeras “explicações” que um “selecionador” faça para justificar a aplicação de uma dinâmica desse tipo, mas nenhuma delas garante que essa prática seja um procedimento ético.

Espero que você, leitor, não precise se submeter a essas dinâmicas grotescas. Se puder, levante-se e diga que essa empresa não serve para você. Nada que seja humilhante poderia ser considerado ético, pois ainda existem formas inteligentes para escolha de um candidato.

Uma organização que desrespeita as pessoas nos processos de seleção deve estar falhando em muitas outras etapas, e todas as empresas que agem assim ou que permitem isso em suas assessorias contratadas desconhecem o significado da ética e, por conseqüência, são empresas irresponsáveis socialmente.



 
Referência: curriculum.com.br
Autor: Renato Dias Baptista
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