Investimentos / Fundos - Palavra-chave para investir
Todos sempre esperam uma única e mágica resposta na hora de
investir: onde investir para ganhar mais sem correr um grande risco.
Essa relação não existe. Todo o investimento embute certo grau de
risco e quanto maior o retorno almejado maior deve ser o risco
assumido. Portanto, a palavra-chave para investir é a INFORMAÇÃO.
Não existe "almoço de graça", como se diz no mercado.
Quanto mais você souber sobre os investimentos disponíveis, mais
confortável estará para tomar decisões sobre seu dinheiro.
Ao investir em um fundo, por exemplo, é preciso ler atentamente
seu o prospecto e o seu regulamento, além de entender no detalhe sua
política de investimentos e os riscos embutidos. Já para investir em
ações é necessário ler a respeito da empresa que deseja se tornar
sócio, avaliar o mercado no qual está inserida e suas perspectivas
de longo prazo.
Tanto em um investimento como no outro, você conta sempre com
profissionais altamente preparados para lhe orientar da melhor
forma. Mas lembre-se que você é o principal responsável por suas
decisões e pelo rumo de seu dinheiro.
Então lhe cabe a tarefa de entender seus objetivos, sua
tolerância ao risco para daí tomar a decisão sobre o produto que
mais atende a suas necessidades.
Cuidados com a inflação
Inflação é a variação dos preços de bens e serviços consumidos que
acaba por corroer o poder aquisitivo de uma moeda. Na prática
significa que seu dinheiro passa a valer menos, ou seja, a mesma
quantidade de dinheiro compra uma quantidade menor de produtos.O
Brasil, na década de 80 e início dos anos 90 exibiu taxas de
inflação altíssimas, que chegavam a ultrapassar dos 80% ao mês. Ou
seja, num único mês um produto poderia quase dobrar de preço.
Mas desde meados de 1994, com o início do Plano Real, o Brasil
tem trilhado o caminho de uma relativa estabilização econômica e
passou a conviver com taxas de inflação bem mais razoáveis.
No entanto, mesmo uma taxa de inflação modesta poderá comprometer
o poder de compra de suas economias no longo prazo. Só para se ter
uma idéia, uma taxa de inflação de 5% ao ano resulta em 100% de
inflação em 14 anos.
Por isso, sua carteira de investimento precisa ter uma
valorização maior do que a inflação para proteger suas economias.
Curiosidade
Segundo essa regra, se você dividir 72 pela
taxa anual de inflação, encontrará o número de anos em que os preços
atuais terão dobrado de valor. Por exemplo, se a inflação é de 4%,
então divida 72 por. O resultado 18, é o número de anos em que os
preços terão dobrado com esta inflação anual.
Fique de olho no ganho real
Para saber se a rentabilidade de sua carteira de
investimento está, ao menos, protegendo suas economias
da inflação, é necessário calcular o ganho real
de suas aplicações. Você deverá primeiro escolher um
índice de inflação (os três mais utilizados estão na
tabela abaixo) e fazer uma conta simples que é subtrair
do seu ganho nominal a taxa de inflação acumulada no
período.
Rentabilidade real = Rentabilidade nominal - Taxa de
inflação
Índices de
Inflação |
IPCA |
Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo |
Índice
calculado pelo IBGE e utilizado pelo governo
para a política de meta de inflação. |
IGP-M |
Índice Geral de Preços
- Mercado |
Índice calculado pela
Fundação Getúlio Vargas, é voltado
predominantemente para a comunidade financeira |
IPC-Fipe |
Índice de Preços ao
Consumidor da Fipe |
Índice de preços que
reflete o consumo no município de São Paulo. |
O leão pode ser um aliado
A nova tributação das aplicações financeiras exige que
você pense sobre seus investimentos como nunca antes
havia feito, sob pena de perder um bom dinheiro mesmo em
aplicações tradicionais e conservadoras.
Antes de escolher a aplicação você tem obrigatoriamente
de saber qual será o destino daquele dinheiro. Caso
contrário amargará perdas, e não são poucas.
O governo promoveu uma ampla mudança na tributação das
aplicações financeiras, privilegiando as aplicações de
longo prazo e penalizando fortemente as de curto prazo.
Saber interpretar corretamente essas mudanças vai lhe
ajudar a aproveitar melhor as oportunidades de ganhos e
evitar perdas desnecessárias.
Diversifique sempre
Diversificação geralmente é o melhor
caminho para que investidores consigam
diluir o risco de sua carteira de
investimento. A diversificação é, portanto,
uma estratégia de investimento e estudos
comprovam que é uma das estratégias com
melhores resultados historicamente.
Com a diversificação você consegue suportar
perdas em algumas aplicações porque estará
ganhando em outra ponta. Para tanto,
contudo, é necessário que você invista em
mercados que tenham uma correlação negativa,
ou seja, reagem de maneira oposta a
determinados eventos da economia.
|
Ações (Ibovespa)
|
Taxa de
Juro (CDI) |
Dólar
|
2000 |
-10,7% |
17,3% |
9,3% |
2001 |
- 11% |
17,3% |
18,7% |
2002 |
-17% |
19,1% |
52,3% |
2003 |
97,3% |
23,2% |
-18,2% |
2004 |
17,8% |
16,2% |
-8,1% |
Fonte: Economática
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