Uma das principais dúvidas de quem está propenso a aderir a um plano de
previdência privada é chegar a um consenso consigo mesmo de quanto dinheiro
mensal será necessário para que a aposentadoria possa ser tranqüila.
Cada um tem a sua própria receita, ainda que estudos mostrem que o valor
considerado ideal varie de 60 a 70% do rendimento atual, para uma pessoa que se
aposente a partir dos 60 anos.
"Esse esse valor pode ser de 60% da renda atual do trabalhador, ainda que
algumas observações com o passar dos anos devam ser levadas em conta", explica
Hosannah M. Santos Filho, diretor de Vida e Previdência do Unibanco AIG
Previdência.
"Esse valor de 60% foi obtido por meio de estudos técnicos e leva em conta
que com o passar dos anos, despesas como de prestação da casa própria e estudo
dos filhos, por exemplo, diminuem ou deixam de existir, sendo que um valor menor
do que o atual seja suficiente para manter o mesmo padrão de vida", diz.
Porém, ele alerta para um detalhe: "normalmente, as pessoas fazem esse
calculo no início da aplicação e com o passar dos anos deixam de o atualizar.
Assim, uma pessoa que ganhe R$ 2 mil, quando começou a aplicação, depois de
cinco ou dez anos pode ter um rendimento melhor, chegando a R$ 5 mil, por
exemplo.
Para essa pessoa, seria interessante fazer uma revisão da aplicação, para não
se decepcionar na hora do resgate, já que o seu padrão de vida mudou para
melhor", afirma. "O interessante é que se faça uma revisão a cada cinco anos,
deixando-a de acordo com o padrão de vida da época, para que se possa manter o
mesmo patamar de consumo."
Veja como fazer o cálculo e se o resultado fica de acordo com as suas
expectativas:
1) Calcule a sua renda mensal atual: tudo o que recebe entre salários, aluguéis
ou outras fontes de renda;
2) Agora é a vez de somar as despesas atuais que não serão mais necessárias no
futuro. Aí entra financiamento de casa
própria, gastos com os filhos, incluindo os estudos, entre outras despesas
3) Feito isso, desconte as despesas da sua renda mensal
4) Some agora despesas futuras como as com gastos de remédios (lembrando que são
sempre valores aproximados);
5) Divida o resultado dessa conta pela renda atual
6) O número obtido deverá ser multiplicado por cem. O resultado corresponde à
porcentagem necessária do salário atual, que será então o valor da aposentadoria
sem perda do padrão atual de vida.