Embora o folclore do mercado destaque sempre casos de
investidores que tiveram grandes ganhos no curto prazo na bolsa, não deve ser
esta a expectativa de quem decide investir em ações.
Por ser um investimento de renda variável, o investidor nunca deve
comprometer na sua aquisição de ações recursos que serão necessários para
despesas de primeira necessidade ou gastos imediatos.
É recomendável que o investidor diversifique seus investimentos entre várias
opções de poupança. E dedique ao mercado de ações aquela parcela de recursos
sobre a qual tenha uma perspectiva de retorno de médio e longo prazos, ou seja,
o dinheiro que sobra para um investimento de longo prazo, para formação de
patrimônio ou para uma poupança de 5, 10 ou 15 anos.
É importante também que o investidor seja bem assessorado ao decidir suas
aplicações. Acompanhar o noticiário econômico, seguir as publicações legais das
companhias, acessar informações específicas requerem esforço e conhecimentos
técnicos especializados.
As Corretoras e outros intermediários financeiros dispõem de profissionais
voltados à análise de mercado, de setores e de companhias, e com eles o
investidor poderá se informar sobre o momento certo de comprar e vender
determinadas ações para obter melhores resultados.
O investidor pode ainda buscar orientação sobre formas coletivas de
investimento, como clubes e fundos de investimento, sob a administração de
instituições e intermediários financeiros. Caso o investidor opte por deles
participar por meio da aquisição de quotas, a decisão de quando, como e onde
aplicar no mercado acionário os recursos dos vários quotistas é de
responsabilidade dessas instituições e intermediários. Mensalmente, o investidor
recebe o extrato demonstrativo de sua posição e pode, a qualquer momento,
informar-se sobre a evolução das quotas, calculada e divulgada diariamente.
Outra forma muito importante de participar, amplamente utilizada, foi a troca de
parte do FGTS por ações da Petrobrás. Esse tipo de investimento foi muito
rentável para quem o realizou. Para se ter uma idéia, entre agosto/2000 e
abril/2001, as ações da Petrobrás, em média, subiram mais de 55%, enquanto a
Poupança rendeu 5,06% e os Fundos de Renda Fixa atingiram cerca de 5,5%.
Enfim, não importa a forma pela qual se invista, se individual ou
coletivamente. O importante é saber que a ação é, principalmente, uma
alternativa de formação de patrimônio.