Seguros - O que devo levar em conta para contratar um seguro-saúde?
Ao contrário do que se imagina, o seguro-saúde completo,
que engloba consultas médicas, exames de laboratório,
internações hospitalares, cirurgias e UTI, nem sempre é
o melhor para sua família. Em muitos casos, o chamado
plano hospitalar, que cobre apenas internações,
cirurgias e UTI, pode garantir a proteção de que você
precisa, com uma economia significativa de recursos.
Nesses planos, o segurado cobre os custos das consultas
e dos exames, que costumam ser relativamente acessíveis,
e protege-se contra os grandes riscos, que custam caro e
podem dilapidar o patrimônio familiar.
Oferecido pela maioria das empresas que atuam na área, o
plano hospitalar em geral é mais indicado para quem tem
entre 15 e 50 anos e não costuma ir ao médico ou fazer
uma bateria de exames a toda hora. Nos demais casos, que
envolvem crianças, gestantes e idosos, grandes clientes
de médicos e laboratórios, o plano completo faz mais
sentido.
O plano hospitalar custa, em média, metade do plano
completo. Uma pessoa na faixa dos 30 anos, por exemplo,
pagaria em torno de R$ 85 no plano hospitalar e, no
mínimo, R$ 170 no completo. A economia seria de R$ 1.020
por ano para cada segurado. Numa família de quatro
pessoas, a economia se multiplicaria, conforme a idade
de cada uma delas.
De acordo com Cecílio Barreto, diretor-comercial da
Omint Saúde, uma das líderes do setor na faixa de alta
renda, apenas 10% de seus clientes individuais escolhem
o plano hospitalar, por causa das restrições de
utilização. Segundo a corretora Suzana Koln, da Webco
Consultoria e Corretagem de Seguros, empresa paulistana
que comercializa os principais planos de saúde do
mercado, o seguro hospitalar não costuma ser a opção
preferida da maior parte dos clientes. "O seguro
hospitalar é muito utilizado nos Estados Unidos e na
Europa", diz. "No Brasil, as pessoas preferem os planos
completos, porque oferecem proteção total."
É certo que uma tomografia computadorizada, hoje na
faixa de R$ 1.200, custa mais que a economia anual que
você fará com a contratação de um plano hospitalar
individual, em vez de um completo. Mas, mesmo que você
precise pagar pela tomografia do próprio bolso, quantas
delas cada pessoa de sua família terá de fazer ao longo
da vida? Três, quatro, talvez nem isso. E será que, num
único ano, todos de sua família precisarão fazer
tomografia ao mesmo tempo? Provavelmente, não.
O mais importante é que você se dê conta de que existe
um plano de saúde adequado a cada tipo de público, de
acordo com suas características (idade, estado civil, se
tem ou não filhos) e necessidades específicas. Algumas
vezes, pode ser mais vantajoso arcar com as despesas dos
serviços que custam menos e buscar proteção apenas para
aquelas que podem levá-lo à falência, como a conta do
hospital.
À PROVA DE INFARTO O que você deve levar em conta antes de
contratar um seguro-saúde |
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