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Carreira / Emprego - Profissões e áreas profissionais com futuro 

Data: 19/12/2008

 
 

De acordo com a conjuntura atual, haverá sem dúvida toda uma série de profissões que se conjecturam num futuro próximo por substituição ou atualização das que existem atualmente devido à evolução do meio sócio econômico, tecnológico e geopolítico onde estamos inseridos. Falamos naturalmente do impacto demográfico pelos efeitos da redução da natalidade e do aumento da esperança média de vida, das novas tecnologias e da sociedade do conhecimento, das crescentes necessidades do consumo e de uma maior responsabilidade social, fatores estes que condicionarão sem dúvida a continuidade de algumas profissões atuais e criarão oportunidades para o aparecimento de outras.

Desde a geriatria, profissão que visa cuidar dos mais velhos (técnicos e auxiliares de geriatria, psicogerontologia), das profissões ligadas à manutenção doméstica e à gestão de recursos habitacionais (domótica), à gestão de redes e sistemas informáticos, passando pelas energias renováveis até à biotecnologia, reciclagem dos resíduos, ao voluntariado, ou ás profissões ligadas à gestão de imagem pessoal e corporativa, são algumas das áreas e profissões à apostar e cujas necessidades já se estão a fazer sentir motivadas quer pela escassez de oferta pelo desinvestimento nalgumas destas áreas, quer pelo fato de algumas áreas profissionais serem ainda bastante recentes.

Algumas profissões de cariz manual como a de gasolineiro, a de sapateiro ou a de portageiro por exemplo, devido à forte industrialização e automatização destes sectores estarão por certo condenadas ao seu desaparecimento, mais tarde ou mais cedo. As engenharias, sobretudo aquelas viradas para o sector energético e alimentar serão aquelas que irão ter mais solicitação. As áreas do comportamento e as sociais serão importantes principalmente se focalizadas para a valorização das competências no domínio do saber ser, das relações interpessoais, da negociação, da assistência aos mais velhos e sobretudo das atividades de voluntariado, pois não obstante um esforço que se prevê ao nível dos programas de inclusão e igualdade de oportunidades, uma faixa considerável da população estará sem dúvida sujeita à exclusão social e profissional.

Considerados durante muito tempo somente como gestores administrativos, os profissionais de RH com competências na Gestão do Desempenho Estratégico serão cada vez mais procurados no futuro para assessoria e orientação na tomada de decisão que envolvam pessoas (falamos de Gestores de RH, Psicólogos das Organizações, Sociólogos do Trabalho, etc.). Também a área do Ensino e da Formação quer institucional ou empresarial como vetor fulcral para a educação, profissionalização e cidadania não será exceção e verificar-se-ão igualmente mudanças consideráveis neste sector. Com o advento da internet e o desenvolvimento de novas ferramentas de ensino colaborativo à distância, das quais se destaca o e-Learning, todas as profissões atualmente relacionadas com o ensino e com a formação verão as suas formas de atuar e os respectivos portfólios de competências destes profissionais significativamente modificados.

A era do conhecimento e por conseguinte do trabalhador do conhecimento exige por parte deste uma nova postura face à forma de aprender, de trabalhar e de gerir a sua própria carreira. Estamos a falar de alguém mais autônomo, portador de uma nova intelectualidade, com capacidade de auto decisão e de aprendizagem ao longo da sua vida útil ou “Lifelong Learning”.

Por conseguinte, a educação formativa do sujeito será feita em moldes diferentes dos atuais e o papel dos profissionais do conhecimento (professores, formadores, educadores) assumirão provavelmente uma nova identidade ou uma nova designação por exemplo de e-tutores, e-formadores e e-educadores cabendo-lhes simultaneamente o papel de Coachers e Mentores por via de uma nova aquisição de competências fornecendo as “self learning tools”, tendo o sujeito (e-formando) a opção de gerir o que quer aprender num ambiente virtual e pedagogicamente diferente, cabendo assim aos novos profissionais da educação direcionar, apoiar, estimular, sugerir, indicar, dar suporte, enquadrar, etc., apostando numa relação mais individualizada e dual. Haverá por conseguinte mais cruzamento de informação entre os profissionais do conhecimento e este trabalharão cada vez mais em equipa no âmbito multidisciplinar.



 
Referência: psicologia.com.pt
Autor: José Guerra
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