Depois de comprar um carro, o consumidor começa a desfrutar do bem, mas como
a intenção é perder o mínimo de dinheiro com manutenção ou na revenda, o tempo
para ficar com o mesmo veículo deve ser levado em consideração.
De acordo com o diretor do Comitê de Veículos Leves da SAE, Jomar Napoleão, o
tempo de permanência com o mesmo veículo varia de acordo com o uso do veículo -
se é diário ou esporádico -, além de levar em conta se o carro foi comprado zero
quilômetro ou usado. “De um modo geral, a permanência com um carro zero e de uso
diário deve ser de três a quatro anos, para não perder dinheiro na revenda.
Depois desse período, o caro começa a dar gastos com manutenção”, explica.
Segundo o diretor, o consumidor não deve encarar a compra do veículo como um
investimento, tem de trocar quando necessário. “Carro não é um investimento,
assim que sai da concessionária, a perda é de 15% do valor do carro, dependendo
da marca”, completa.
É importante frisar que os veículos precisam de manutenção preventiva, pois,
dessa forma, o consumidor garante uma depreciação mais lenta dos componentes do
automóvel. “As condições das ruas também influenciam na vida útil das peças, por
isso, a manutenção é importante”, comenta.
Quilometragem
De acordo com Napoleão, apesar dos motores dos veículos terem sido feitos
para aguentar até 200 mil quilômetros, o consumidor deve ficar atento ao
hodômetro, para evitar gastos com peças mais caras. “O ideal é trocar o veículo
com 50 a 60 mil quilômetros, mais do que isso, peças mais caras, como
amortecedores, começam a apresentar problema”, explica.
Usados
No caso dos carros usados, o período de permanência com o mesmo veículo é
diferente.
Segundo Napoleão, a primeira atitude que o consumidor deve tomar, ao comprar
um carro usado com mais de três anos, é levá-lo a um mecânico de confiança para
fazer uma revisão. “Neste caso, o consumidor deve ficar por dois anos com o
carro”, afirma.