Depois de pensar por algum tempo, você finalmente resolveu investir em um
plano de previdência privada, uma vez que provavelmente chegou à conclusão de
que apenas a aposentadoria paga pelo governo não é suficiente para garantir um
futuro tranqüilo.
Porém, uma das dúvidas mais comuns nesta hora é definir em que tipo de plano
aplicar. E, uma das principais distinções acaba aparecendo: a legislação permite
planos do tipo Benefício Definido e Contribuição Definida, o que pode deixar
você indeciso sobre a escolha.
No entanto, além de escolher qual modalidade de plano faz mais sentido para
você, vale a pena analisar o que o mercado oferece. Muitas vezes o produto que
mais faz sentido para suas necessidades não é oferecido pelas empresas que atuam
no segmento de previdência.
Entenda a diferença entre eles
No caso do Benefício Definido, é possível saber, no momento da contratação do
plano, quanto você irá receber da instituição ao se aposentar. Desta maneira, o
valor da contribuição, ou seja, o quanto você irá contribuir ao longo do tempo,
é que varia, para que o valor pré-determinado possa ser atingido.
Já a Contribuição Definida é justamente o contrário: o valor da contribuição é
acertado no ato da contratação do plano e o montante que será recebido varia em
função desta quantia, do tempo de contribuição e da rentabilidade.
Por conta do direito do cliente de receber a quantia pré-fixada depois de se
aposentar, os planos de Benefício Definido trazem mais riscos para as empresas
do segmento de previdência. Isso porque a pessoa pode acabar recebendo mais do
que investiu, caso viva bastante.
Mercado oferece apenas CDs
Segundo dados da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar), a grande maioria das empresas nacionais que oferecem
planos de previdência opta pelos de Contribuição Definida.
Atualmente, dos 977 planos existentes, apenas 193 são do tipo Benefício
Definido, o que representa 19,75%. Há uma década, este percentual era de 49,55%,
já que 168 dos 339 planos eram BDs. Esta queda é resultado do fato de que Planos
de Benefício Definido, como os planos tradicionais, não são mais oferecidos
pelas empresas do setor.
Apesar de regulamentados, é praticamente impossível identificar atualmente
instituições que ofereçam planos de Benefício Definido, com as opções de quem
quer contratar um plano de previdência ficando limitadas a planos de
Contribuição Definida, como os PGBLs e VGBLs.