No meio corporativo é comum a figura do profissional que está sempre
comparando a empresa com outras, chegando à conclusão de que o local no qual
trabalha é muito pior do que qualquer outro, ou invariavelmente melhor.
Tal comportamento, contudo, segundo alertam especialistas, pode impactar de
forma negativa na evolução do profissional.
No caso daqueles que sempre acham que a empresa em que trabalha é pior do que
as outras, na opinião da diretora de consultoria da Ricardo Xavier Recursos
Humanos, Sônia Helena Garcia, pode ocorrer um adiamento de promoções e uma
desvalorização do profissional.
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A headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Cristina Reininger,
concorda e diz que o hábito pode prejudicar a imagem do profissional, além de
demonstrar que, provavelmente, a pessoa não fez um planejamento de carreira e é
imatura profissionalmente.
“Se não há coisas boas a falar, é melhor não dizer nada. A pessoa fica com
fama de descontente e insatisfeita e mostra que não pesquisou sobre a empresa e
seus valores, aceitando o emprego apenas por motivação salarial”, avalia
Cristina.
Outra consequência da atitude, completa Sônia, é a dificuldade para arranjar
uma nova colocação. “A informação acaba vazando e a pessoa pode ter dificuldade
até de arrumar um novo emprego”.
A melhor do mundo!
Ao contrário do que se pode imaginar, ter para si que a empresa onde
trabalha é a melhor do mundo, também pode impactar negativamente a vida
profissional.
Neste caso, explica Sônia, o problema é não olhar para o mercado de trabalho.
“Todas as posturas extremas são ruins. Pessoas que acreditam que a empresa é o
melhor lugar do mundo mostram uma possível resistência a mudanças e traduzem uma
má percepção da realidade, já que todos os lugares têm pontos positivos e
negativos”.
A consultora lembra ainda que, na eventualidade deste profissional ser
demitido, ele pode enfrentar dificuldades para se inserir no mercado, sobretudo,
se não procurou se atualizar.