Motivar, chamar a atenção, garantir resultados. Estes são só alguns dos
atributos da liderança que também tem como um dos principais desafios lidar com
os diferentes tipos de profissionais.
De acordo com a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Emmanuele
Spaine, independentemente do tipo do profissional, o diálogo deve basear a
relação entre líder e liderados.
O diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa,
concorda e lembra que todos os perfis têm lados positivos e negativos, cabendo
ao líder tentar estimular o melhor de cada um.
Perfis
Do puxa-saco ao proativo, os especialistas consultados pelo portal InfoMoney
dão dicas sobre como a liderança pode trabalhar com os perfis mais comuns.
Puxa-saco: clássico nas empresas, o puxa-saco concorda com tudo que é
proposto pelo líder e tenta o tempo todo se promover. Dessa forma, dizem os
especialistas, ele acaba sendo desvalorizado por colegas e pela liderança.
Ao líder, cabe mostrar que esse comportamento não é o ideal, deixando claro que
a pessoa não irá obter benefícios com ele. É ainda necessário salientar que o
profissional precisa trazer novas ideias.
Injustiçado: na maior parte das vezes, trata-se de um profissional que
está há mais tempo na empresa e que acredita que merecia uma promoção ou um
aumento salarial. Como isso não ocorre, ele tende a se sentir desvalorizado.
Com profissionais nesta situação, o líder deve conversar e apresentar
perspectivas de crescimento, não deixando de apontar quais os caminhos que a
pessoa deve percorrer para chegar lá. Em outras palavras, o que é esperado do
profissional.
Apático: segundo os especialistas, o profissional apático merece
atenção redobrada da liderança. Isso porque, muitas vezes, a apatia pode ser
confundida com insegurança ou mesmo se tratar de um caso de introversão.
Para tirar a dúvida, o líder deve observar cuidadosamente se a pessoa traz ou
não resultados para a empresa. Em caso positivo, ele deve mudar a forma de agir
com o profissional, tentando trazê-lo para mais perto. Se for avaliado realmente
como apático, a saída é investir por um tempo na motivação do profissional.
Dependente: o profissional dependente sempre aguarda as resoluções dos
parceiros, pares ou da liderança, o que demonstra uma grande dose de
insegurança.
Primeiramente, o líder deve tentar investigar os motivos que deixam o
profissional inseguro e tentar desenvolver nele as características de liderança.
Isso porque, dizem, tais profissionais devem aprender a deixar de ser
coadjuvantes para assumir as características de liderança em uma eventual
necessidade.
Competente demais para a função: para os especialistas, essa é uma
característica da geração Y. Entretanto, profissionais mais experientes que, por
algum motivo, tiveram de assumir cargos com menor responsabilidade do que o que
exerciam anteriormente também são acometidos por este sentimento.
Assim, para que este profissional não se desmotive e deixe de entregar
resultados, o líder deve apresentar a ele um plano de carreira.
Quer o lugar do chefe: ao contrário do que se possa imaginar,
profissionais que demonstram querer o lugar do chefe não são mal vistos pelas
empresas, desde que, é claro, essa disputa não seja de forma desleal.
Se for de maneira saudável, dizem, é excelente para o líder, pois alavanca a
carreira dele, servindo como um propulsor para o chefe, que pode ocupar posições
mais altas.
Dessa forma, o líder deve valorizar este profissional, dando sempre feedbacks
e trabalhando os pontos negativos.
Proativo: valorizado nas empresas, o proativo é aquele que sempre está
a frente dos outros e dá ótimos resultados.
Ao líder, cabe tentar mantê-lo motivado e valorizado, não esquecendo,
contudo, de colocar os limites necessários para que a pessoa não exagere e não
acabe ultrapassando-os.