Análise técnica (ações) - Volatilidade, crise, incerteza: swing trade pode ser linha para operações lucrativas
Volatilidade. Esta palavra, muitas vezes repudiada pelos investidores,
resguarda em sua essência uma relação positiva para os traders. Especuladores
por definição, os traders movimentam e dão volume diário ao mercado.
Dentro desta vertente, existem os day traders, cujas operações acontecem com
freqüência bastante elevada, em busca de oscilações pequenas e lucros de
curtíssimo prazo. Ainda nesta categoria, existem os swing traders, uma mescla
entre day trader e investidor.
Fundamentalmente, os swing traders seguram o papel em sua carteira de
investimento por algumas semanas e operam essencialmente em cima de técnicas
básicas de análise técnica, como suportes e resistências e tendências (topos e
fundos), visando identificar e se aproveitar de cada movimento do mercado.
Especializados em trades de curto prazo, a equipe da Leandro & Stormer dá dicas
para realizar operações de swing trader e aprimorar o uso das ferramentas de
análise técnica nas investidas.
Antes de começar, vale lembrar que as operações aqui descritas estão baseadas em
movimentos de dois a dez dias, variação percentual média (lucro) de 3% a 12%,
gráfico diário como base para análise e recomenda-se um acompanhamento de pelo
menos duas a três horas por dia do mercado.
Definindo a tendência
Ao iniciar uma operação, o investidor, acima de tudo, deve identificar a
tendência principal do ativo em questão por meio dos topos e fundos formados ao
longo do tempo. Joe Ross, um dos traders mais famosos do mundo, sempre reitera
tal recomendação em suas palestras.
Por definição, uma tendência de alta é formada quando há topos e fundos
ascendentes, assim como a recíproca é verdadeira para a tendência de baixa
(topos e fundos descendentes). Teoricamente parece fácil, mas muitos se
confundem na tarefa. Portanto, este conceito deve estar muito bem definido antes
de operar.
Outro critério, por sinal muito utilizado pela equipe da Leandro & Stormer para
definir a tendência, consiste em observar a configuração das médias móveis do
ativo, com relevância às médias móveis de 21, 50 e 200 períodos.
Para testar a força da tendência, os analistas verificam, no caso de uma
tendência de alta, quatro questões: preços acima da média móvel de 21 períodos,
topos e fundos ascendentes, média móvel de 21 períodos ascendente, sendo o
melhor dos mundos quando as médias móveis de 21, 50 e 200 períodos estão
alinhadas em alta.
Neste caso, é necessário que existam pelo menos dois fatores para operar a favor
da tendência, sendo o último incidindo na situação ideal de tendência de alta. A
situação é a mesma no caso da tendência de baixa, com as médias móveis
descendentes.
Suportes e resistências
Encontrada a tendência do ativo, falta definir agora os principais suportes
e resistências, aqui representados pela máxima e mínima de cada barra, topos e
fundos, gaps e linhas de tendências.
Quanto ao método das barras, os analistas classificam-no como relativamente
fraco devido a seu período curto de existência. O mais recomendado é observar os
topos e fundos, gaps e linhas de tendência para encontrar suportes e
resistências mais consistentes.
Ferramentas complementares
Entre as inúmeras opções de osciladores que existem na análise técnica, os
analistas da Leandro & Stormer destacam como verdadeiros auxiliares o IFR
(Índice de Força Relativa) e as Bandas de Bollinger.
Com objetivo de identificar se o mercado está sobrecomprado ou sobrevendido, o
IFR ajuda na hora de identificar se o mercado está propenso para compra ou
venda, com base na faixa de pontos do indicador.
Na operação de swing trade, as Bandas de Bollinger são muito úteis para
identificar o suporte e a resistência do ativo, via seus extremos. Um
comportamento ascendente das bandas revela uma tendência de alta, enquanto um
lateral ou descendente deflagra um período de acumulação ou de queda,
respectivamente.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Rafael de Souza Ribeiro
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