Liberdade, autonomia para a tomada de decisões, ser o seu próprio chefe.
Parece o sonho para a maioria das pessoas no mundo corporativo, porém a idéia de
se auto-liderar, na prática, deixa muitos profissionais sem rumo quando não têm
quem lhes diga o que fazer a todo o momento.
No Brasil, os profissionais de TI são altamente competentes, reconhecidos em
todo o mundo e com destaque pelas suas soluções inovadoras. Contudo, seu grande
desafio é aliar o seu conhecimento de tecnologia ao conhecimento de negócios, o
que significa ser um especialista que atue em conjunto com a empresa para
otimização do seu crescimento no mercado.
E como desenvolver esses profissionais para a vida corporativa? O primeiro
passo é o profissional de TI entender que precisa sair do isolamento da sua
"ilha tecnológica" para empreender e inovar. Transformar tecnologia em
resultados corporativos é o foco, para que ocupem um espaço importante.
Deixar de ser somente um ótimo técnico para expandir o seu conhecimento de
negócios e ter a liberdade de liderar a sua própria atuação para resultados.
Este é o alvo para quem é de TI e deseja evoluir profissionalmente. Quando isto
acontecer, aquele que estiver efetivamente preparado terá um alto valor no
mercado.
Para tentar explicar a evolução profissional no mundo e suas características
na evolução profissional, vamos voltar um pouco no tempo e considerar que
existem quatro gerações atuantes em curso, sobre as quais discorreremos
rapidamente abaixo:
Geração Baby Boomers - São os profissionais voltados para
normas, burocracias e processos hierárquicos. São experientes, porém um pouco
mais resistentes a mudanças.
Geração X - São profissionais que viveram uma grande
transformação cultural, política e social no mundo. O equilíbrio entre vida
profissional e vida pessoal passa a ser uma meta a ser atingida. Estão abertos a
mudar e empreender.
Geração Y - São profissionais que não conseguem conceber o fato
de não estar on-line e gerenciam suas vidas de forma a realizar inúmeras tarefas
simultâneas. Contudo, o equilíbrio de vida já é uma realidade e deixa de ser uma
meta para ser um padrão essencial. A mudança é a única certeza em suas vidas.
Geração Z - Estão apenas chegando ao mundo. O que serão ainda é
uma promessa. Certamente agregarão qualidade de vida, com uso eficaz da
tecnologia. A inovação constante é uma inquietude e a ansiedade de experimentar
o novo um desejo insaciável.
Após essa volta no tempo para contextualizar as pessoas que compõe o mercado
de trabalho hoje em dia, o desafio está lançado. Independente de que geração
você pertence, lembre-se: cabe a cada um de nós se preparar e buscar as
oportunidades que estão aí a nossa espera.
Nesse contexto, o Departamento de Recursos Humanos de uma empresa pode atuar
no sentido de motivar a equipe de TI por meio de ações voltadas para esse
público, além de atividades e projetos inovadores, que promovam a integração da
TI com as demais áreas. Para isso, é necessário considerar as características da
equipe, analisar o seu perfil e avaliar o potencial de cada um. O grande
objetivo é identificar pessoas com vocação para liderança e que tenham
entendimento do quanto a TI é estratégica para alavancar os negócios de uma
companhia.
Seminários, cursos e palestras sobre TI aplicados à Gestão de Negócios também
são alternativas valiosas, pois levar informações úteis que ampliem o horizonte
da equipe, para dentro da empresa, é essencial para o desenvolvimento do time
que a compõe.
O fundamental em todas essas ações é despertar na equipe de TI o desejo de
empreender e a consciência de fazer parte de uma área cada vez mais significa
melhoria de processos, redução de custos, prevenção de falhas, aumento na
lucratividade.
O RH é um grande aliado na identificação de talentos, pode ser a mola
propulsora dos profissionais que desejam evoluir e atuar ativamente no
crescimento dos negócios da empresa. No caso específico da TI, cabe aos gestores
de pessoas buscarem uma vivência na área, a fim de encontrarem o melhor caminho
para motivar a equipe. O primeiro passo pode ser entender as expectativas dessas
pessoas em relação ao trabalho, por exemplo. Vale a reflexão.