Formação acadêmica, domínio de duas ou mais línguas e elevado grau de
conhecimento de questões relacionadas à cultura e atualidades, atributos esses
que formam os pré-requisitos básicos para um jovem ingressar no mercado de
trabalho, certo? Não mais.
A constante mudança no comportamento dos profissionais provocou profundas
reformulações nos quadros das empresas e elas não querem mais jovens que saibam
apenas o "bê-a-bá" corporativo.
"Quando eu contrato um jovem talento, eu faço um alto investimento para que ele
possa absorver as necessidades da companhia e contribuir com a solução dessas
questões através da capacidade de inovação e capacidade criativa", avalia a
diretora da área de Desenvolvimento de Liderança da DBM, Fátima Rossetto.
Necessidades
Esse profissional deve ter em mãos um plano de carreira e foco no
auto-desenvolvimento, para que possa lapidar o seu talento de acordo com a
oportunidade e a necessidade do negócio ao qual ele pertence.
As companhias, explica Fátima, ainda levam em conta a capacidade comunicacional
desse funcionário. "A boa comunicação, proveniente da capacidade que o jovem
desenvolveu nos relacionamentos interpessoais, deve ser customizada para o mundo
corporativo, em uma linguagem adequada que se reflita de forma política e
educada", aponta a diretora.
É importante para o jovem que ele trabalhe as habilidades que tem ou adquiriu ao
longo de sua formação acadêmica, de modo a se adaptar aos trejeitos do mundo
corporativo.
Nesses moldes, as empresas vêm trabalhando no desenvolvimento de programas que
possam atender com maior agilidade aquilo que tende a ser um pré-requisito dessa
geração: agilidade, informação rápida e entendimento mais dinâmico das
situações.
Liderança
A empresa está de olho no líder que pratica sua gestão de forma
participativa. As companhias não querem mais pessoas de destaque que apenas
representem a organização, mas sim alguém que possa fazer com que o grupo
represente toda a companhia.
“Fazer com que a organização se sustente através da imagem ou do trabalho que o
grupo é capaz de fazer. É isso que a empresa procura em um jovem talento”,
avalia Fátima.
Segundo ela, a empresa quer que o profissional saiba lidar com a adversidade ou
com a multiplicidade de tarefa de uma maneira focada. “Não adianta que o jovem
tenha uma série de informações ou uma grande acessibilidade que ele não consiga
condensar em uma solução de negócio que seja efetiva para todo o grupo”, afirma
a diretora.