Muitos estudantes que terminam o Ensino Médio e pretendem cursar o Ensino
Superior têm no crédito universitário a única alternativa para o pagamento do
alto custo das mensalidades. Por conta disso, a Proteste – Associação de
Consumidores listou as principais opções disponíveis no mercado.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, além do Fies (Fundo de Financiamento
ao Estudante do Ensino Superior), alguns bancos privados oferecem crédito para
quem quer cursar a graduação. Contudo, alerta a Associação, as condições não são
tão favoráveis como as do crédito oferecido pelo governo.
No Itaú, por exemplo, o crédito universitário pode ser contratado por alunos de
universidades conveniadas em todo o País. O crédito se aplica principalmente
àqueles que não estão conseguindo arcar com o custo total do curso e é possível
dividir em até duas vezes cada parcela.
Assim, exemplifica a Proteste, se o financiamento é de 12 mensalidades, o aluno
pagará em 24 vezes. Entretanto, cada parcela é mais da metade do valor da
mensalidade, já que estão sendo cobrados juros. A renovação do financiamento é
feita semestralmente, sendo que, na prática, o banco permite o pagamento do
valor financiado no dobro do prazo do curso.
Para contratar o crédito universitário do Itaú, informa a Associação, o aluno,
junto com seu responsável financeiro, precisa ter renda de pelo menos duas vezes
o valor da mensalidade. Os juros médios cobrados pela instituição são de 7,2% ao
ano, sem IOF ou outras taxas.
Outras instituições
Além do Itaú, o HSBC disponibiliza crédito para universitários. Contudo, o
empréstimo se aplica mais para uma emergência, para quitar, por exemplo, o
último ano ou um período de aperto.
Isso porque o crédito do banco financia no máximo dois semestres. De acordo com
a Proteste, a taxa de juros é 1,99% ao mês e a contratação é restrita aos
estudantes com renda mínima de R$ 1.500.
Ainda na linha de ajuda emergencial ao estudante, há o “Credi Universidade” do
Santander, que oferece até R$ 2 mil para ajudar nas despesas decorrentes da
faculdade, como compra de livros, por exemplo. Esse crédito pode ser pago em 24
vezes e atende também professores.
Fies
Na avaliação da Proteste, a melhor opção de financiamento estudantil ainda é
o Fies, programa do Ministério da Educação voltado para o custeio da graduação
em universidades privadas conveniadas.
Para ser beneficiado pelo programa, o percentual que a mensalidade compromete da
renda bruta de cada membro da família deve ser superior a 20%, sendo que o
crédito pode ser solicitado a qualquer momento do curso. Além disso, o estudante
necessitará de um fiador.
Os juros do Fies são de 3,4% ao ano para todos os cursos. Após aprovado o
financiamento, o estudante pagará a cada três meses o valor máximo de R$ 50,
referente ao pagamento dos juros. Depois da conclusão do curso, o tomador de
crédito tem 18 meses de carência para começar a pagar o financiamento, cujo
tempo máximo para a quitação da dívida é de até três vezes o período financiado
do curso mais 12 meses.
O Fies pode ser contratado na CEF (Caixa Econômica Federal) ou no Banco do
Brasil. A cada seis meses, o aluno deverá comprovar o atendimento das exigências
do programa para então renovar a matrícula, com o beneficiado podendo mudar de
curso uma vez, nos primeiros 18 meses da graduação.