Diferentemente do que ocorria no passado, já há alguns anos formar-se em uma
boa universidade e falar uma língua estrangeira, especialmente o inglês, já não
é garantia de uma boa colocação no mercado de trabalho.
Hoje, dentre um universo de quesitos exigidos de quem busca um emprego, a
pós-graduação é recorrente e, para muitos, já se tornou um passo natural na
formação do profissional, não mais um diferencial. Sendo assim, o que considerar
na hora de escolher a sua?
De acordo com a assessora da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp
(Universidade Estadual Paulista), Tania Regina de Luca, a escolha passa pelos
objetivos de vida de cada pessoa. “A pessoa precisa saber se ela quer ir para o
mercado ou se ela quer se dedicar à produção de conhecimento”.
A consultora da Career Center, Cláudia Monari, concorda e acrescenta que a
escolha também passa pelo tempo de experiência de cada profissional.
Stricto Sensu
De acordo com explicações no portal do MEC (Ministério da Educação), as
pós-graduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado
voltados a pessoas com diplomas de curso superior e que atendam às experiências
das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos.
Ao final do curso, que, segundo Tania, dura, em média, de 24 a 48 meses, o
aluno obterá um diploma e poderá lecionar em faculdades. “A pós-graduação
stricto sensu é voltada para quem quer produzir conhecimento, ser um produtor de
saber em uma determinada área”, diz ela.
“Este tipo de pós é para quem busca uma carreira acadêmica. Às vezes, é
difícil conciliar emprego e um mestrado, por exemplo, visto que este tipo de
curso exige muita dedicação”, completa Cláudia.
Lato Sensu
Já as pós-graduações lato sensu, diz o MEC, compreendem programas de
especialização e incluem os cursos designados como MBA – Master Business
Administration. Elas possuem duração mínima de 360 horas e ao final do curso o
aluno obterá um certificado, e não diploma.
“Este tipo de pós é indicada para quem quer se atualizar, ver quais são as
inovações daquele setor”, explica Tania.
Geralmente, diz Cláudia, as especializações são indicadas para quem acabou de
se formar ou tem pouca experiência no mercado, já que se tratam de cursos mais
teóricos. Os MBAs, por outro lado, são voltados para quem quer seguir a carreira
executiva e preferencialmente já tem cinco ou mais anos no mercado de trabalho,
visto que são baseados na troca de experiências.
“Independentemente da escolha, a pessoa tem de ter em mente que, se o
objetivo é crescer, ela tem de fazer atualizações constantes. Além disso, antes
de escolher, é bom sempre se informar no que diz respeito à instituição e ao
perfil dos participantes do curso, para garantir as melhores condições possíveis
de aprendizado”, alerta Cláudia.