Muito se ouve falar sobre o perfil que deverá ser característica do
trabalhador do futuro. Dinâmico, inovador, atencioso e extremamente tecnológico.
Então, se todos conhecem e sabem que esta é a tendência no mercado, por que um
grande número de empresas se depara com problemas na hora de contratar o
colaborador?
Segundo pesquisa realizada pela Manpower, empresa líder mundial no segmento
de serviços em recursos humanos, com 39 mil gerentes e diretores de RH de 33
países, 30% deles afirmaram que encontram dificuldades em preencher as vagas
disponíveis em suas empresas. Para eles, o principal motivo dessa preocupante
demanda é uma forte escassez de talentos. Já na America Latina, 36 % dos
empregadores relacionam esse fato à falta de mão-de-obra qualificada.
Mas, se pensarmos em dinheiro para investir em desenvolvimento e tecnologia
necessária para se inovar, podemos afirmar que existem em abundância esses
recursos no mundo. Então, o que impede a existência de pessoas capacitadas para
liderar esses bens? Como revelado no estudo, faltam empreendedores capacitados
para atender a essa necessidade do mercado. Por que não temos mais
profissionais, como o empresário Eike Batista, no comando de empresas? O
brasileiro acaba de ser incluído no seleto grupo do capitalismo global, ao lado
de ilustres como o americano Bill Gates, criador da Microsoft, e o mexicano
Carlos Slim, dono de um empreendimento de telecomunicações.
Desta forma, se analisássemos o perfil empresarial de Eike, talvez assim
entendêssemos essa falha na área de recursos humanos. São poucos os que cultivam
características iguais a do empreendedor. Inovador, dinâmico, audacioso e
ousado. Cada uma dessas qualidades foram colocadas em prática pelo empresário,
com muita inteligência. Além de captar recursos na Bolsa de Valores, Eike
empenhou-se em criar novas empresas de óleo e gás, logística, mineração e
construção naval, sem nunca perder de vista o custo e retorno deste
investimento.
Para o empreendedor que deseja ganhar espaço e reconhecimento, é preciso
estar atento não só a própria empresa, mas ao mundo que a rodeia. Possibilidades
de apostas em outras áreas podem significar uma expansão territorial
significativa para o empreendimento. Elaboração de estratégias para retomada de
crescimento econômico pode ser umas das prioridades para aquele gestor que
pretende alavancar seu negócio.
Alguns profissionais tendem a se esquecer de que o rendimento da empresa
também depende de fatores externos. Esses líderes precisam ir atrás de
alternativas que atendam as necessidades de sua instituição.
Permanecer na inércia enquanto empresas à sua volta crescem, não fará com que
você lidere algum índice de vendas. É preciso criar novos caminhos para seus
empreendimentos e entender que eles só chegarão a um destino grandioso se o guia
estiver preparado para a caminhada.
Entender que o espírito empreendedor é o principal fator de produção nesta
nova ordem econômica mundial, tende a ser o que diferencia um empresário de um
Eike Batista. Assim, muitas empresas criaram, junto ao seu departamento de
recursos humanos, ações para reter talentos em suas instituições. Mas, para que
isso aconteça, eles precisam encontrá-los.